Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a segunda-feira (4) de forma mista, em sessão marcada por agenda vazia e pela expectativa para as eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Em Wall Street, o dia foi negativo, com os três principais índices norte-americanos devolvendo parte dos ganhos recentes com o “Trump Trade“, depois que a vice-presidente e candidata pelo partido Democrata, Kamala Harris, passou à frente do ex-presidente e candidato pelo partido Republicando, Donald Trump, em Iowa.
A virada registrada em uma pesquisa divulgada no final de semana foi considerada um forte golpe na campanha de Trump, que venceu com tranquilidade no estado tanto em 2016 quanto em 2020.
O recuo visto em Nova York acabou pesando sobre os principais índices europeus, que operavam no positivo pela manhã, depois que o PMI Industrial da Zona do Euro referente a Outubro avançou 1,0 ponto, para 46,0, levemente acima dos 45,9 projetados pelos especialistas.
Mais cedo, os mercados da Ásia e da região do Pacífico acompanharam o bom humor de Wall Street na última sexta-feira (1) e encerraram o dia em alta, em sessão marcada por liquidez reduzida por causa de um feriado no Japão.
🌎 Estados Unidos:
🇺🇸 Nasdaq: 18.239,77 (+0,80%)
🇺🇸 S&P 500: 5.728,80 (+0,41%)
🇺🇸 Dow Jones: 42.052,19 (+0,69%)
🇺🇸 S&P VIX: 21,88 (-5,53%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
🇯🇵 Nikkei: 38.053,67 (0,00%) 🔴
🇨🇳 Shanghai: 3.310,21 (+1,17%)
🇨🇳 SZSE: 10.663,10 (+1,99%)
🇭🇰 HSI: 20.567,52 (+0,30%)
🇰🇷 Kospi: 2.588,97 (+1,83%)
🇦🇺 ASX 200: 8.164,60 (+0,56%)
Treasuries e fiscal pressionam curva de juros brasileira
No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos fecharam o dia em queda ao longo de toda a curva, também devolvendo parte dos ganhos recentes por conta do “Trump Trade”.
O movimento acabou pressionando os contratos de juros futuros brasileiros, que recuaram, também e principalmente, por causa do noticiário doméstico.
Após a repercussão negativa da demora na entrega do pacote de corte de gastos do governo, que, de acordo com informações divulgadas na semana passada, só seria divulgado na semana que vem por causa de uma viagem do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a Europa, acabou movimentando Brasília.
O presidente Lula solicitou que Haddad cancelasse sua ida ao continente europeu e permanecesse aqui para que tratativas fossem feitas e as propostas andassem.
Para aliviar ainda mais as pressões na curva de juros brasileira, o ministro afirmou hoje que a proposta está bem encaminhada e será apresentada ainda essa semana.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,254% (-0,45%)
2 anos: 4,168% (-0,83%)
5 anos 4,153% (-1,43%)
10 anos: 4,303% (-1,47%)
30 anos: 4,483% (-1,67%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/25: 11,326% (-0,02%)
Janeiro/26: 12,880% (-1,53%)
Janeiro/28: 13,040% (-1,51%)
Janeiro/30: 13,010% (-1,29%)
Janeiro/33: 12,870% (-1,30%)
Com fiscal e exterior, dólar cai
No mercado de câmbio, o dólar fechou em queda sólida perante o real, voltando a operar abaixo dos R$5,80.
O movimento foi ocasionado tanto pela desvalorização da moeda norte-americana lá fora quanto, e principalmente, pelo alívio do mercado com a situação fiscal do país.
Commodities fecham mistas
O dia foi misto no mercado de commodities.
O petróleo fechou o dia em alta sólida, puxado pelo receio dos investidores com a situação no Oriente Médio.
Durante o final de semana, rumores de que o Irã deve responder ao ataque sofrido por forças israelenses no final de semana passado ganharam forças.
Por outro lado, o ouro e a prata acabaram recuando, mantendo a tendência iniciada na última sexta-feira, mesmo com o recuo das treasuries e a elevação das tensões geopolíticas.
🌎 Com. Ind.: 98,0707 (+0,85%)
🪨 Min Ferro: US$109,78 (+0,90%)
🛢️ WTI: US$71,65 (+3,11%)
🛢️ Brent: US$75,25 (+2,94%)
🥇 Ouro: US$2.745,90 (-0,12%)
🥈 Prata: US$32,605 (-0,23%)
Ibovespa sobe com fiscal
O Ibovespa fechou o dia em alta de quase 2%, recuperando os 130 mil pontos.
O principal índice acionário do país foi puxado, principalmente, pelo bom humor dos investidores com as notícias voltadas para a situação fiscal do Brasil.
A semana também começou positiva para todos os setores da bolsa de valores brasileira, com destaque para aquelas voltadas à economia interna, que aproveitaram a queda sólida dos contratos de juros futuros para recuperar parte das perdas recentes.
🇧🇷 Ibovespa: 130.385,24 (+1,77%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 131.995 (+2,22%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.820,66 (+3,02%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 944,85 (+3,10%)
💡 Elétrico (IEEX): 86.175,04 (+1,63%)
🏭 Industrial (INDX): 26.686,06 (+1,96%)
💰 Financeiro (IFNC): 13.136,63 (+1,66%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.815,59 (+1,46%)
Petrobras e Vale sobem
No ritmo do bom humor interno e aproveitando o avanço do barril de petróleo e do minério de ferro no mercado internacional, as ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em alta nesta segunda.
Vale (VALE3): R$62,67 (+1,03%)
Cogna dispara 11% em dia de apenas 5 quedas
Dentre as poucas ações que compõem o Ibovespa, apenas cinco delas recuaram, com o destaque negativo ficando para as da Azul (AZUL4), que caíram 3%, ainda pressionadas pelo rebaixamento da nota de crédito da companhia promovido pela Fitch na semana passada.
Os papéis da Hypera (HYPE3), que caíram 2%, e da Braskem (BRKM5), que fecharam em queda de mais de 1% com a notícia de troca de seu CEO completam o trio.
Além delas, as ações do Bradesco (BBDC3) e da Suzano (SUZB3) fecharam em leve baixa.
Na ponta contrária, o trio de destaque foi composto por ações que se beneficiam do alívio na curva de juros brasileira.
Os papéis da Cogna (COGN3) dispararam 11%, seguidos pelos da Magazine Luiza (MGLU3), que subiram mais de 10%, e da CVC (CVCB3), que registraram alta de mais de 9%.