Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a terça-feira majoritariamente em alta de novo.
Na Ásia e na região do Pacífico, o dia foi de alta, com destaque para o forte avanço do Nikkei 225, do Japão, que recuperou a perda de ontem e voltou a superar os 40 mil pontos.
Na Europa, a prévia da inflação da Zona do Euro de Dezembro, que apresentou desempenho em linha com o esperado, ajudou a suportar os mercados, que também subiram.
Já em Wall Street os três principais índices dos Estados Unidos fecharam o dia em queda.
O movimento foi ocasionado pelo resultado acima do esperado do relatório de oferta de empregos JOLTs de Novembro, que indicou mais de 8 milhões de vagas abertas no mês.
A queda ainda foi intensificada por falas do presidente eleito do país, Donald Trump, sobre suas medidas futuras.
Trump afirmou, dentre outras coisas, que adora gastos e que quer estender o limite da dívida pública norte-americana, o que gerou cautela.
Para os especialistas, país enfrenta desafios fiscais e precisariam apresentar um plano que focasse na redução do tamanho da sua dívida.
🇺🇸 Dow Jones: 42.528,36 (-0,42%)
🇺🇸 S&P VIX: 17,86 (+11,35%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
Treasuries e curva de juros brasileira sobem
O resultado acima do esperado do JOLTs atrelado às falas do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, puxaram os rendimentos dos títulos públicos do país, fazendo-os fechar em alta ao longo de toda a curva.
Por aqui, os contratos de juros futuros tiveram sessão volátil, tendo passado boa parte do dia em queda, mas acabaram cedendo à pressão das treasuries e fecharam o dia em alta.
Na agenda, destaque para a arrecadação federal de Novembro, que foi a segunda maior da história para o mês, enquanto que o Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reiterou, em entrevista à GloboNews, o compromisso do governo com o arcabouço fiscal, em uma tentativa (até então bem sucedida) de acalmar o mercado.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,189% (+0,58%)
2 anos: 4,295% (+0,59%)
5 anos 4,467% (+1,04%)
10 anos: 4,698% (+1,78%)
30 anos: 4,915% (+1,59%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/26: 14,990% (+0,13%)
Janeiro/27: 15,390% (+0,33%)
Janeiro/29: 15,190% (+0,96%)
Janeiro/31: 14,920% (+1,15%)
Janeiro/33: 14,690% (+1,31%)
Dólar cai, na contramão do mundo
O dólar, por sua vez, encerrou o dia em leve queda perante o real, em sessão também volátil por conta do noticiário externo.
A moeda norte-americana chegou a se aproximar dos R$6,05 no melhor momento da sessão, mas ganhou forças com as declarações de Trump, praticamente apagando as perdas.
Além das questões relacionadas aos gastos do governo, Trump ainda reiterou que irá taxar tanto o Canadá quanto o México, o que acabou fortalecendo ainda mais o dólar, fazendo com que ele subisse no exterior, com o Índice Dólar, que havia perdido os 108 pontos no começo da sessão, voltasse a superá-lo.
Commodities sobem com Trump
As commodities fecharam o dia em alta nesta terça, também repercutindo as falas de Trump.
Em outro momento de sua coletiva, o presidente eleito dos Estados Unidos ameacou o Hamas, afirmando que, caso os reféns israelenses não sejam liberados até sua posse, será instaurado “o inferno” no Oriente Médio.
Além disso, quando questionado sobre o Canal do Panamá e a Groenlândia, Trump reafirmou seus interesses em anexar ambos os territórios e não descartou, no caso do Panamá, uma intervenção militar.
“Posso dizer o seguinte: precisamos deles [Canal do Panamá e Groenlândia] por motivos de segurança econômica. Não vou me comprometer com isso [descartar a ação militar]. Pode ser que tenhamos que fazer alguma coisa”, comentou ele.
Com os comentários gerando ainda mais incertezas para o cenário geopolítico global, o petróleo encerrou o dia em alta, assim como o ouro e a prata.
🌎 Com. Ind.: 99,2611 (+0,78%)
🪨 Min Ferro: US$102,38 (-1,38%)
🛢️ WTI: US$74,25 (+0,93%)
🛢️ Brent: US$77,05 (+0,98%)
🥇 Ouro: US$2.665,40 (+0,68%)
🥈 Prata: US$30,655 (+0,25%)
Ibovespa sobe, mas fecha longe da máxima
Por aqui, o Ibovespa subiu, puxado pela tentativa de Haddad de tranquilizar o mercado com relação à situação fiscal do país, recuperando os 121 mil pontos.
O principal índice acionário brasileiro chegou a tentar buscar os 122 mil pontos, mas as falas de Trump o fizeram perder forças.
O dia foi positivo, também, para os setores da bolsa, com exceção para o de materiais básicos (IMAT), que sentiu o peso do recuo do minério de ferro na China.
🇧🇷 Ibovespa: 121.162,66 (+0,95%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 122.450 (+1,11%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.447,33 (+0,97%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 766,10 (+0,42%)
💡 Elétrico (IEEX): 78.287,39 (+1,27%)
🏭 Industrial (INDX): 25.961,80 (+0,83%)
💰 Financeiro (IFNC): 12.027,32 (+0,92%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.395,64 (-0,76%)
Petrobras sobe e Vale cai novamente
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em alta, puxadas pelo avanço do barril de petróleo no mercado internacional.
Por outro lado, os papéis da Vale (VALE3) fecharam o dia em queda, acompanhando as demais mineradoras, com o setor sendo pressionado pelo recuo do minério de ferro em Dalian.
Vale (VALE3): R$52,05 (-0,97%)
Hapvida dispara mais de 9% e CSN Mineração cai quase 4%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Hapvida (HAPV3), que dispararam mais de 9%, em dia de recuperação das perdas recentes.
Completam o trio os papéis do Carrefour (CRFB3), que subiram mais de 5%, e da MRV (MRVE3), que registraram alta de mais de 4%.
Na ponta contrária, as ações da CSN Mineração (CMIN3) fecharam o dia em queda de quase 4%, pressionadas pelo recuo do minério de ferro no mercado internacional.
Completam o trio os papéis da RD Saúde (RADL3) e da Azul (AZUL4), que devolveu parte dos sólidos ganhos de ontem, com ambas caindo mais de 2%.