Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a segunda-feira (9) de forma mista.
Na agenda, destaque para dados de algumas das principais economias da Ásia e da região do Pacífico.
Ainda ontem, o Japão divulgou seu Produto Interno Bruto (PIB) referente ao terceiro trimestre deste ano, tendo avançado 0,3% no comparativo trimestral e 1,2% no comparativo anual, desempenho melhor que o previsto.
Apesar disso, o Índice de Preços do PIB avançou menos do que o previsto no período, registrando alta anual de 2,4%.
Na China, a inflação voltou a frustrar as expectativas em Novembro, com o Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês) caindo -0,6% no comparativo mensal e avançando 0,2% no comparativo anual, enquanto o Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) recuou -2,5%, melhor que a queda de -2,8% projetada.
Por outro lado, durante a reunião do Politburo, principal órgão decisório chinês, os líderes do país prometeram mais medidas fiscais e uma política monetária “moderadamente” mais flexível no ano que vem, na tentativa de impulsionar o consumo doméstico.
Com isso, tanto o japonês Nikkei 225 quanto o Hang Seng, de Hong Kong, fecharam o dia em alta, sendo os destaques da região.
Mais tarde, a Europa fechou mista, de olho na definição de taxa de juros da Zona do Euro, que acontece na próxima quinta-feira (12). A expectativa é que o Banco Central Europeu (BCE) reduza as taxas de juros do bloco em 25 pontos-base (0,25 ponto percentual).
Da mesma maneira, Wall Street também fechou em queda, adotando o modo cautela antes da divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos, que acontecem na próxima quarta-feira (11), com os três principais índices do país recuando nesta segunda.
🇺🇸 Dow Jones: 44.402,98 (-0,54%)
🇺🇸 S&P VIX: 14,03 (+9,87%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
Treasuries e curva de juros brasileira sobem
No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos, subiram nesta segunda, com os investidores à espera dos dados de inflação dos Estados Unidos.
Por aqui, os contratos de juros futuros do país fizeram o mesmo caminho, engatando mais uma sessão de alta ao longo de toda a curva, depois que o Boletim Focus desta semana indicou que o mercado projeta que a taxa Selic deve ficar mais alta neste ano e nos próximos.
Além disso, em Brasília, os sinais de que o governo deve enfrentar dificuldades para avançar em sua pauta econômica no Congresso ajudaram a puxar a curva de juros brasileira.
Nesta segunda, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, negou integralmente o pedido de reconsideração de trechos da decisão que liberou a retomada do pagamento de emendas parlamentares, feito pela União, o que pode fazer com que o Congresso freie a tramitação do pacote de medidas fiscais e da regulamentação da Reforma Tributária.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,200% (+0,44%)
2 anos: 4,127% (+0,70%)
5 anos 4,071% (+0,85%)
10 anos: 4,194% (+1,09%)
30 anos: 4,387% (+1,29%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/25: 11,925% (+0,68%)
Janeiro/26: 14,590% (+1,13%)
Janeiro/28: 14,895% (+1,89%)
Janeiro/30: 14,510% (+1,07%)
Janeiro/33: 14,140% (+1,16%)
Dólar renova recorde histórico em dia misto lá fora
Puxado pela alta da curva de juros, o dólar renovou sua máxima histórica por aqui, encerrando a segunda-feira cotado a R$6,08.
Lá fora, a moeda norte-americana teve sessão mista e de baixa oscilação, com exceção perante do iene, do Japão, diante do qual subiu quase 1%, com os investidores afastando a possibilidade dos juros do país subirem em breve.
Commodities sobem
A promessa de novos estímulos à economia chinesa, incluindo a possibilidade de um corte nas taxas de juros do país, impulsionou o mercado de commodities, que fechou o dia em alta.
🌎 Com. Ind.: 98,4974 (+1,04%)
🪨 Min Ferro: US$111,24 (+1,57%)
🛢️ WTI: US$68,37 (+1,74%)
🛢️ Brent: US$72,14 (+1,43%)
🥇 Ouro: US$2.685,80 (+0,99%)
🥈 Prata: US$32,445 (+2,71%)
Ibovespa sobe e retoma os 127 mil pontos
O Ibovespa fechou o dia em alta sólida nesta segunda, recuperando parte das perdas recentes, puxado pelo forte avanço da Vale e da Petrobras (ver abaixo).
Dentre os setores da bolsa de valores brasileira o dia também foi positivo, com destaque para o industrial (INDX) e o de materiais básicos (IMAT).
🇧🇷 Ibovespa: 127.210,19 (+1,00%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 127.405 (+1,03%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.657,80 (-0,41%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 821,58 (-0,45%)
💡 Elétrico (IEEX): 81.318,41 (+0,05%)
🏭 Industrial (INDX): 28.237,44 (+0,75%)
💰 Financeiro (IFNC): 12.236,29 (+0,03%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 6.080,61 (+3,01%)
Petrobras e Vale sobem
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3) fecharam o dia em alta sólida, puxadas pelas notícias vindas da China que, consequentemente, puxaram os preços do barril de petróleo e do minério de ferro no mercado internacional.
Vale (VALE3): R$59,83 (+5,32%)
Mineradoras sobem e GPA cai mais de 5%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as mineradoras, com a CSN Mineração (CMIN3) avançando mais de 6%, apesar do rebaixamento promovido pela S&P, enquanto a Vale (VALE3) subiu mais de 5%, puxadas pelas notícias relacionadas à China.
Completam o trio os papéis da Bradespar (BRAP4), que avançaram quase 5%, puxadas pela alta da Vale.
Na ponta contrária, o varejo reinou na sessão com o avanço da curva de juros brasileira.
O destaque ficou para o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que recuou mais de 5%, seguido pela Petz (PETZ3) e pela Cogna (COGN3), que caíram mais de 4% cada.