Mercados sobem e treasuries fecham mistas; Ibovespa acompanha

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a segunda-feira majoritariamente em alta, apesar do anúncio de tarifas ao aço e o alumínio, anunciados ontem pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

De acordo com especialistas, o movimento “atípico” após o anúncio é porque o mercado acredita que o presidente norte-americano deve acabar recuando em um futuro próximo.

Em paralelo a isso, começaram a valer as medidas tarifárias da China a diversos produtos dos Estados Unidos, aplicada em resposta às tarifas impostas aos produtos chineses.

O noticiário político sobressaiu à agenda da sessão, que tinha como destaque apenas a inflação da China, que apresentou desempenho acima do esperado em Janeiro.

Apesar de indicar uma possível retomada da demanda interna, ainda que tímida, especialistas acreditam que o governo da segunda maior economia do mundo terá que anunciar novas medidas fiscais e monetárias este ano para sustentar um crescimento saudável.

Dessa maneira, os principais índices da Ásia e da região do Pacífico fecharam o dia de forma mista, com o mercado chinês novamente avançando na sessão.

Na Europa, o dia foi positivo, assim como em Wall Street, com ambos os mercados recuperando as perdas da última sexta-feira.

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Treasuries sobem e curva de juros brasileira cai

No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos norte-americanos fecharam majoritariamente positivas nesta segunda, repercutindo o anúncio de Trump.

Por aqui, os contratos de juros futuros acabaram fechando praticamente estáveis, com o avanço das treasuries sendo compensado pela repercussão da negativa do governo de que esteja estudando aumentar o valor pago pelo Bolsa Família na tentativa de contornar a elevação dos preços dos alimentos.

Na agenda, o Boletim Focus desta semana trouxe uma nova alta nas expectativas de inflação deste ano e do ano que vem, o que também ajudou a sustentar a estabilidade da curva de juros brasileira.

Dólar cai, na contramão do mundo

O dólar encerrou o dia em queda perante o real, na contramão do exterior repercutindo a negativa do governo sobre a questão do Bolsa Família

Lá fora, a moeda norte-americana avançou perante todos os pares acompanhados novamente, puxada pela criação das tarifas ao aço e o alumínio pelo governo Trump.

Commodities sobem novamente

No mercado de commodities, o dia foi novamente positivo.

O ouro renovou sua máxima histórica em meio ao tom de cautela que o mercado adotou por conta das tarifas aplicadas ao aço e o alumínio por Trump.

Da mesma maneira, o petróleo engatou mais uma sessão positiva, com os investidores de olho no Oriente Médio, com Hamas e Israel trocando acusações de quebra do acordo de cessar-fogo.

Ibovespa sobe com exterior

Por aqui, o Ibovespa acompanhou novamente o exterior, fechando o dia em alta e retomando os 125 mil pontos.

O dia foi positivo também para todos os setores da bolsa de valores brasileira, com exceção do elétrico (IEEX).

Petrobras e Vale sobem

Com os avanços do minério de ferro e do petróleo, as ações da Vale (VALE3) e da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam em alta, recuperando parte das perdas recentes.

Automob dispara 16% e Azul cai mais de 3%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Automob (AMOB3), que dispararam 16%, recuperando parte das perdas recentes.

Completam o trio os papéis da Cogna (COGN3), depois do Santander elevar sua recomendação de “Neutra” para “Compra”, e da Vamos (VAMO3), com ambos subindo mais de 5% cada.

Na ponta contrária, o avanço do petróleo pressionou as ações da Azul (AZUL4), que recuaram mais de 3% na sessão, seguidas pelas da Embraer (EMBR3), que caíram mais de 2%, e das units do BTG Pactual (BPAC11), que registraram queda superior a 1% apesar do resultado robusto do banco no quarto trimestre de 2024.