Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a quinta-feira (12) novamente de forma mista.
Na Ásia e na região do Pacífico o dia foi majoritariamente positivo, com exceção para o australiano S&P/ASX 200, que fechou o dia em queda pressionado pela queda de 0,2 ponto percentual na taxa de desemprego do país em Novembro, passando a 3,9%.
O movimento, na visão dos especialistas, pode postergar novos cortes na taxa de juros do país, o que acabou pressionando as principais ações da Austrália.
Após o fechamento da sessão, o governo chinês deu mais detalhes sobre as medidas fiscais e monetárias que ele planeja anunciar no começo do ano que vem, tendo sido bem recebidas pelos especialistas.
Na Europa, o dia foi majoritariamente positivo, com os investidores repercutindo o corte de 25 pontos-base (0,25 ponto percentual) nas taxas de juros da Zona do Euro. Além da redução de hoje, o Banco Central Europeu manteve a porta aberta para que novas flexibilizações ocorram no ano que vem.
Já em Wall Street, o dia foi de queda, com os três principais índices do país pressionados pela inflação ao produtor norte-americano, que apresentou desempenho acima do esperado em Novembro.
O Índice de Preços ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) avançou 0,4% no mês, de 0,3% em Outubro, e 3,0% no comparativo anual, de 2,6% no mês anterior. Os especialistas projetavam alta mensal de 0,2% e anual de 2,6%.
Por outro lado, os pedidos por seguro-desemprego surpreenderam, subindo para 242 mil nesta semana, de 225 mil na semana passada, ante expectativa de queda para 221 mil. Com isso, a média de pedidos das últimas quatro semanas saltou de 218,5 mil para 224,25 mil.
Da mesma maneira, os pedidos contínuos pelo programa passara de 1,871 milhão para 1,886 milhão, acima dos 1,880 milhão estimados.
🇺🇸 Dow Jones: 43.914,12 (-0,53%)
🇺🇸 S&P VIX: 13,92 (+2,50%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
Com treasuries e receios, curva de juros brasileira sobe
No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos subiram novamente nesta quinta, puxados pelos dados de inflação ao produtor norte-americano.
O movimento acabou impactando os contratos de juros futuros brasileiros, que foram puxados, também, pelo tom mais duro (hawkish, no jargão do mercado) do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central no comunicado que acompanhou o anúncio de elevação da taxa Selic em 100 pontos-base (1,00 ponto percentual).
Uma parcela do mercado acredita que o movimento do BC é por conta de um certo receio que o país tenha entrado em um estado de dominância fiscal, o que significaria que a política fiscal começou a ter “controle” sobre a atuação da política monetária nos rumos da inflação.
Sendo assim, a alta dos juros já começa a ser ineficiente para reduzir a variação de preços.
Isso elevou o clima de cautela com a situação fiscal do país e levou a um cenário de aversão ao risco que nem alguns dos próprios especialistas estava prevendo ontem, com o anúncio do BC.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,232% (+0,56%)
2 anos: 4,197% (+0,96%)
5 anos 4,188% (+1,33%)
10 anos: 4,339% (+1,57%)
30 anos: 4,553% (+1,67%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/25: 12,152% (+1,28%)
Janeiro/26: 14,660% (+3,20%)
Janeiro/28: 14,445% (+1,98%)
Janeiro/30: 13,970% (+1,82%)
Janeiro/33: 13,630% (+1,87%)
Dólar sobe com cautela e exterior
O dólar fechou em alta perante o real, puxado, principalmente, pela aversão ao risco que tomou conta do mercado local.
Ainda assim, o cenário externo também ajudou na subida da moeda norte-americana, que avançou diante de todos os pares acompanhados.
Commodities caem
As commodities fecharam o dia majoritariamente negativas, pressionadas pelo avanço nos rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos.
A exceção ficou para o minério de ferro, que avançou em Dalian acompanhando o bom humor dos mercados chineses.
🌎 Com. Ind.: 99,0433 (-0,68%)
🪨 Min Ferro: US$111,74 (+1,24%)
🛢️ WTI: US$70,02 (-0,38%)
🛢️ Brent: US$73,41 (-0,14%)
🥇 Ouro: US$2.709,40 (-1,72%)
🥈 Prata: US$32,775 (+0,09%)
Ibovespa cai com mal humor doméstico
Seguindo o sentimento de aversão ao risco que tomou conta do mercado brasileiro, o Ibovespa fechou o dia em queda sólida, devolvendo boa parte dos ganhos recentes.
Todos os setores da bolsa de valores brasileira também fecharam no negativo, com destaque para aqueles voltados à economia interna.
🇧🇷 Ibovespa: 126.042,21 (-2,74%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 126.295 (-2,85%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.616,40 (-3,85%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 813,53 (-4,38%)
💡 Elétrico (IEEX): 81.071,68 (-2,61%)
🏭 Industrial (INDX): 27.569,28 (-2,82%)
💰 Financeiro (IFNC): 12.354,93 (-2,13%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.894,91 (-2,11%)
Petrobras e Vale caem novamente
Acompanhando o movimento, as ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3) fecharam o dia em queda.
Vale (VALE3): R$56,71 (-2,89%)
Só Hapvida sobe e GPA despenca mais de 11%
A quinta foi marcada por apenas uma ação fechando o dia no positivo: a da Hapvida (HAPV3), que avançou pouco mais de 1%.
Na ponta contrária, o destaque ficou para os papéis do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que despencaram mais de 11%, seguidos pelos da Petz (PETZ3), que recuaram mais de 10%, e da Minerva (BEEF3), que fecharam em queda de mais de 9%.