Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a segunda-feira (16) majoritariamente negativos lá fora, em sessão marcada por uma série de dados divulgados.
Na Ásia e na região do Pacífico o dia foi de queda, com os investidores repercutindo os dados setoriais da China referentes a Novembro, que apresentaram sinais mistos sobre a segunda maior economia do mundo.
Na Europa, o noticiário político acabou pressionando os mercados.
Na Alemanha, Olaf Scholz, chanceler do país, perdeu o voto de confiança parlamentar, abrindo caminho para eleições antecipadas no país, instaurando uma crise política na maior economia da Zona do Euro, enquanto que, na semana passada, em meio à crise política na França, a Moody’s rebaixou a nota de crédito do país de Aa2 para Aa3, motivada pela expectativa de piora nos fundamentos das contas públicas francesas.
Além disso, o PMI Industrial do bloco econômico europeu e do Reino Unido apresentaram desempenho abaixo do esperado em Dezembro, enquanto o índice de atividade do setor de serviços de ambas as regiões cresceu mais que o previsto.
Já em Wall Street o dia foi misto, com os investidores repercutindo a prévia dos PMIs norte-americanos referentes a este mês.
O índice do setor industrial caiu mais que o esperado, para 48,3 pontos, enquanto o de serviços surpreendeu e avançou para 58,5 pontos, fazendo com que o PMI Composto do país subisse mais do que se previa, para 56,6 pontos.
Dessa maneira, tanto o Nasdaq, que renovou sua máxima histórica, quanto o S&P 500 fecharam em alta, enquanto o Dow Jones recuou.
🇺🇸 Dow Jones: 43.717,85 (-0,25%)
🇺🇸 S&P VIX: 14,51 (+5,07%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
Com treasuries fecham estáveis e curva de juros brasileira sobe novamente
No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos fecharam estáveis nesta segunda, com os investidores à espera da reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (FED), banco central do país.
A expectativa é que o FOMC (sigla em inglês para o comitê) reduza a taxa de juros norte-americana em 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), para o intervalo entre 4,25%-4,50%.
Já por aqui, os contratos de juros futuros subiram ao longo de toda a curva, com os investidores receosos com a situação fiscal do país e à espera de avanços nas pautas econômicas e fiscais no Congresso.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,241% (0,00%)
2 anos: 4,243% (+0,05%)
5 anos 4,250% (+0,05%)
10 anos: 4,395% (-0,10%)
30 anos: 4,604% (-0,22%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/26: 15,065% (+1,48%)
Janeiro/27: 15,520% (+3,12%)
Janeiro/29: 15,270% (+4,23%)
Janeiro/31: 14,130% (+4,46%)
Janeiro/33: 14,750% (+4,4%)
Dólar sobe com cautela e exterior
A cautela dos investidores com a situação fiscal brasileira fez o dólar subir de forma sólida novamente, renovando sua máxima histórica, apesar do leilão feito pelo Banco Central na tentativa de conter a alta da moeda.
Lá fora, a falta de viés dos rendimentos das treasuries fez com que o dia fosse misto para a moeda norte-americana.
Commodities fecham mistas
As commodities fecharam majoritariamente negativas nesta segunda, pressionadas pelos dados chineses.
Apesar do resultado, o minério de ferro fechou em alta em Dalian, puxado pela desaceleração na queda dos preços dos imóveis do país.
🌎 Com. Ind.: 98,1745 (-1,50%)
🪨 Min Ferro: US$110,10 (+0,50%)
🛢️ WTI: US$70,71 (-0,81%)
🛢️ Brent: US$73,91 (-0,78%)
🥇 Ouro: US$2.670,00 (-0,21%)
🥈 Prata: US$31,060 (+0,10%)
Ibovespa cai novamente com receios
Com os receios com a economia doméstica, o Ibovespa fechou mais uma sessão em queda sólida, perdendo os 124 mil pontos.
Dentre os setores da bolsa de valores brasileira o dia também foi negativo, com exceção para o industrial (INDX) e o de materiais básicos (IMAT).
🇧🇷 Ibovespa: 123.560,06 (-0,84%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 123.440 (-1,25%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.549,69 (-0,85%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 787,99 (-1,49%)
💡 Elétrico (IEEX): 79.770,65 (-0,83%)
🏭 Industrial (INDX): 27.429,24 (+0,27%)
💰 Financeiro (IFNC): 12.010,75 (-1,63%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.812,45 (+0,69%)
Petrobras e Vale caem novamente
A queda do barril de petróleo no mercado internacional pesou sobre as ações da Petrobras (PETR3; PETR4), que engataram mais um dia negativo por aqui.
Da mesma maneira, os papéis da Vale (VALE3) também fecharam em leve queda, apesar do avanço do minério de ferro em Dalian, na China.
Vale (VALE3): R$55,83 (-0,05%)
GPA dispara mais de 15% e Vamos despenca mais de 8%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou novamente para as do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que dispararam mais de 15%, após a Reag Trust Administradora de Recursos, que, segundo operadores, administra boa parte dos fundos de Nelson Tanure, atingir 9,56% do total de ações da companhia.
No melhor momento da sessão, elas chegaram a subir mais de 20%, se aproximando dos R$3,00, mas não conseguiram sustentar tal patamar, devolvendo parte dos ganhos do meio para o final do dia.
Além delas, completam o trio de destaque a Minerva (BEEF3) e a Brava Energia (BRAV3), com ambas subindo mais de 5%.
Na ponta contrária, os papéis da Vamos (VAMO3) engataram mais um dia negativo, recuando mais de 8% em sessão marcada pelo início das negociações da Automob (AMOB3).
Além deles, completam o trio de destaque negativo as ações da Assaí (ASAI3), que caiu mais de 6%, e da Magazine Luiza (MGLU3), que fecharam em queda superior a 5%, com ambas sendo pressionadas pelo avanço da curva de juros brasileira.