Com volta de Nova York, mercados fecham majoritariamente positivos e treasuries sobem; Ibovespa cai

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a terça-feira de forma mista, com a volta das negociações em Wall Street após o feriado de ontem.

Por lá, o dia foi levemente positivo, apesar do tom mais cauteloso de dirigentes do Federal Reserve (FED), banco central do país, com relação às perspectivas para a política monetária norte-americana.

As falas de hoje repetiram a mensagem dos que falaram ontem de que é momento de ter cautela, com a inflação não avançando rumo à meta neste começo de ano.

Na Europa o dia foi majoritariamente positivo, com os mercados repercutindo a possibilidade de um acordo de paz para a Guerra da Ucrânia.

Hoje, autoridades dos Estados Unidos e da Rússia se reuniram na Arábia Saudita para dar início à discussão do assunto, com fontes afirmando que as tratativas foram positivas.

Por outro lado, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, que não participou do encontro, afirmou que os norte-americanos atuam a favor dos russos e que não acatará a nenhum acordo que saia dessa reunião.

Na agenda da reunião, destaque para os dados do mercado de trabalho do Reino Unido referentes a Dezembro, com a taxa de desemprego permanecendo em 4,4%, ante expectativa de alta de 0,1 ponto percentual, para 4,5%.

Dessa maneira, o britânico FTSE 100 não aproveitou o bom humor dos mercados locais e fechou estável, com os investidores projetando que os dados melhores que o esperado divulgados recentemente estão reduzindo as chances de um corte nos juros.

Já na Ásia e na região do Pacífico o dia foi misto, com o mercado repercutindo o corte nos juros australianos, que passou a 4,10% ao ano, conforme esperavam os especialistas.

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Treasuries sobem e curva de juros brasileira fecha estável

No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos norte-americanos subiram ao longo de toda a curva, puxados pela fala dos integrantes do FED.

Já por aqui, os contratos de juros futuros fecharam praticamente estáveis, enquanto ainda repercutem a queda da popularidade do presidente Lula.

Dólar cai, na contramão do mundo

O dólar encerrou o dia em nova queda perante o real, voltando a fechar abaixo dos R$5,70, acompanhando o alívio da curva de juros brasileira.

Lá fora, a moeda norte-americana fez caminho contrário, subindo diante da grande maioria dos pares acompanhados, com exceção do peso mexicano.

Com o avanço generalizado, o Índice Dólar encerrou a sessão acima dos 107 pontos novamente.

Commodities sobem com incertezas sobre Ucrânia e Rússia

Em meio às incertezas sobre um acordo de paz entre Ucrânia e Rússia, as commodities fecharam o dia em alta, com destaque para o ouro, que avançou apesar da alta nos rendimentos das treasuries.

Ibovespa fecha estável

Por aqui, o Ibovespa fechou estável, porém com leve viés negativo.

Mais uma vez, o principal índice acionário do país chegou a superar os 129 mil pontos mas não conseguiu sustentar tal patamar.

Dentre os setores da bolsa de valores brasileira, o dia também foi majoritariamente de baixa, com o financeiro (IFNC) e o setor de materiais básicos (IMAT) sendo os únicos a fecharem no campo positivo.

Petrobras e Vale sobem novamente

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em alta, acompanhando o avanço do barril de petróleo no mercado internacional.

Da mesma maneira, os papéis da Vale (VALE3) avançaram, puxados pela alta do minério de ferro em Dalian, na China.

BB Seguridade sobe mais de 4% e GPA cai mais de 6%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as do BB Seguridade (BBSE3), que avançaram mais de 4% na sessão, repercutindo o resultado da instituição no quarto trimestre do ano passado.

Completam o trio os papéis da Minerva (BEEF3) e da Azzas 2154 (AZZA3), que subiram mais de 2% cada.

Na ponta contrária, as ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) caíram mais de 6% com os investidores à espera do seu balanço, que será divulgado após o fechamento de hoje.

Completam o trio os papéis do Assaí (ASAI3), que caíram mais de 5% acompanhando os do GPA, e da LWSA (LWSA3), que recuaram mais de 4%.