Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a quarta-feira majoritariamente positivos, em mais uma sessão de agenda vazia.
Novamente, o destaque ficou para os primeiros passos do novo governo de Donald Trump, que ontem à noite afirmou que deve taxar produtos chineses em 10% até o começo do mês que vem.
O percentual citado pelo presidente dos Estados Unidos foi um alívio para boa parte dos especialistas, já que, durante sua campanha, Trump afirmou que a alíquota poderia chegar a 60%.
Além disso, ele também comentou que a União Europeia deve ter seus produtos taxados, já que a balança comercial norte-americana com o bloco é muito desfavorável.
Dessa forma, pela manhã, os mercados da Ásia e da região do Pacífico fecharam mistos, com os índices chineses caindo e o Hang Seng, de Hong Kong, fechando em alta, repercutindo a fala de Trump, enquanto os demais avançaram.
Na Europa, apesar da possível taxação dos produtos produzidos por lá, o dia foi majoritariamente positivo, com destaque para o alemão DAX, que renovou sua máxima histórica.
Da mesma maneira, em Wall Street, os três principais índices dos Estados Unidos fecharam o dia em alta, com destaque para o Nasdaq, que foi puxado pelo forte avanço das ações da Netflix, que teve desempenho melhor que o esperado no quarto trimestre do ano passado.
🇺🇸 Dow Jones: 44.156,30 (+0,30%)
🇺🇸 S&P VIX: 15,10 (+0,27%)
🌍 Europa:
🇫🇷 CAC 40: 7.837,40 (+0,86%)
🇮🇹 FTSE MIB: 35.854,07 (-0,57%)
🇪🇸 IBEX 35: 11.882,70 (+0,16%)
🌏 Ásia e Pacífico:
Treasuries sobem e curva de juros brasileira cai
A fala do presidente Trump sobre taxar produtos importados da China e da União Europeia acabou refletindo no mercado de renda fixa, com os rendimentos dos títulos públicos norte-americanos avançando ao longo de praticamente toda a curva.
O movimento foi ocasionado por conta do receio dos investidores com um possível repique da inflação do país, o que levaria o Federal Reserve (FED) a manter os juros elevados por mais tempo.
Já por aqui, os contratos de juros futuros brasileiros fecharam o dia em queda, acompanhando o sólido recuo do dólar perante o real.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,199% (-0,12%)
2 anos: 4,295% (+0,33%)
5 anos 4,428% (+0,68%)
10 anos: 4,603% (+0,63%)
30 anos: 4,822% (+0,40%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/26: 14,920% (-0,03%)
Janeiro/27: 15,165% (+0,07%)
Janeiro/29: 14,995% (-0,17%)
Janeiro/31: 14,960% (-0,27%)
Janeiro/33: 14,880% (-0,40%)
Dólar cai, na contramão do exterior
O dólar acompanhou os rendimentos das treasuries e fecharam o dia em alta diante dos pares acompanhados lá fora, com exceção do peso mexicano, já que o o discurso mais moderado de Trump aliviou parte das tensões do mercado
Já por aqui, a moeda norte-americana recuou de forma sólida, voltando a fechar abaixo dos R$6,00 depois de quase 2 meses.
Commodities fecham mistas
As commodities tiveram mais uma sessão mista nesta quarta-feira.
O ouro subiu, puxado, ainda, pelas incertezas relacionadas ao governo Trump.
Por outro lado, o petróleo registrou mais um dia de queda, em sessão bastante volátil para a commodity, com os investidores prevendo um aumento em sua oferta.
Mais cedo, o minério de ferro também recuou, pressionado pela fala de Trump.
🌎 Com. Ind.: 103,5960 (+0,16%)
🪨 Min Ferro: US$110,05 (-0,44%)
🛢️ WTI: US$75,44 (-0,51%)
🛢️ Brent: US$79,00 (-0,36%)
🥇 Ouro: US$2.770,90 (+0,42%)
🥈 Prata: US$31,440 (-0,18%)
Ibovespa cai e perde os 123 mil pontos
Apesar do alívio com o posicionamento mais brando de Trump, o Ibovespa encerrou o dia em queda, perdendo os recém-conquistados 123 mil pontos, pressionado, principalmente, pelo recuo da Vale (ver abaixo).
Ainda assim, o dia foi misto para os setores da bolsa de valores brasileira, com destaque para a forte queda do setor de materiais básicos (IMAT).
🇧🇷 Ibovespa: 122.972,41 (-0,30%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 123.745 (-0,28%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.411,51 (+0,39%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 789,04 (+1,45%)
💡 Elétrico (IEEX): 78.790,81 (+0,51%)
🏭 Industrial (INDX): 25.971,71 (-0,29%)
💰 Financeiro (IFNC): 12.501,21 (+0,38%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.402,39 (-1,81%)
Petrobras e Vale caem
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3) encerraram o dia em queda, pressionadas pelos recuos do barril de petróleo e do minério de ferro nos mercados internacionais, respectivamente.
Vale (VALE3): R$52,66 (-2,52%)
Azul sobe quase 7% e RD Saúde cai mais de 4%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Azul (AZUL4), que subiram quase 7%, puxadas pelo anúncio a respeito do fim das ofertas de troca de dívidas existentes.
Completam o trio os papéis da CVC (CVCB3), que registraram alta de mais de 6%, aproveitando a queda do dólar, e da LWSA (LWSA3), que avançaram mais de 5%.
Por outro lado, as ações da RD Saúde (RADL3) foram o destaque negativo, seguidas pelas da Brava (BRAV3), com ambas caindo mais de 4%.
Completam o trio os papéis da Minerva (BEEF3), que recuaram mais de 3%.