Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a terça-feira de forma mista, em mais uma sessão fraca de indicadores econômicos lá fora.
Os comentários de alguns integrantes dos principais bancos centrais do mundo também não causaram qualquer mudança nas perspectivas dos investidores.
O destaque ficou para Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu (BCE), que chamou a atenção para o fato da inflação da Zona do Euro estar caindo de forma mais rápida do que o estimado anteriormente.
Ela se mostrou “absolutamente confiante” de que a meta de 2% de inflação da autoridade monetária será atingida de forma sustentável ao longo do ano que vem.
Mesmo assim, os mercados europeus fecharam o dia em leve queda, em sessão marcada por cautela por parte dos investidores.
Mais cedo, os mercados da Ásia e da região do Pacífico fecharam de forma mista, com os índices chineses e o Hang Seng, de Hong Kong, ainda repercutindo os cortes nas taxas de juros da China, anunciados no domingo à noite.
Já em Wall Street, a sessão foi mista, com a ausência de dados dando espaço para a temporada de balanços das principais empresas norte-americanas.
🌎 Estados Unidos:
🇺🇸 Nasdaq: 18.572,17 (+0,17%)
🇺🇸 S&P 500: 5.851,55 (-0,04%)
🇺🇸 Dow Jones: 42.924,30 (-0,02%)
🇺🇸 S&P VIX: 18,22 (-0,82%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
🇯🇵 Nikkei: 38.405,50 (-1,60%)
🇨🇳 Shanghai: 3.285,87 (+0,54%)
🇨🇳 SZSE: 10.559,51 (+0,85%)
🇭🇰 HSI: 20.498,95 (+0,10%)
🇰🇷 Kospi: 2.594,11 (0,00%) 🔴
🇦🇺 ASX 200: 8.344,40 (-1,66%)
Treasuries sobem novamente e curva de juros brasileira fecha mista
Os rendimentos das treasuries fecharam o dia novamente em alta ao longo de toda a curva, puxados pelo avanço de Donald Trump nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais dos Estados Unidos.
Na visão dos especialistas e investidores, o plano de governo do republicano pode puxar a inflação, levando o Federal Reserve (FED), banco central do país, a ter uma postura mais cautelosa na condução de sua política monetária.
Com isso, todos os rendimento dos principais títulos públicos norte-americanos voltaram a superar os 4% ao ano.
Por aqui, o movimento acabou impactando os contratos de juros futuros de curto e médio prazo, que também subiram, enquanto os de longo prazo recuaram, pressionados com a arrecadação federal de Setembro, que foi a maior da história.
De acordo com dados divulgados hoje pela Receita Federal, a arrecadação totalizou R$203,169 bilhões, a maior já registrada desde 1995.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,264% (+0,25%)
2 anos: 4,035% (+0,24%)
5 anos 4,008% (+0,81%)
10 anos: 4,214% (+0,70%)
30 anos: 4,498% (+0,28%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/25: 11,204% (+0,02%)
Janeiro/26: 12,690% (+0,20%)
Janeiro/28: 12,865% (-0,04%)
Janeiro/30: 12,860% (-0,23%)
Janeiro/33: 12,740% (-0,31%)
Dólar recua, na contramão do resto do mundo
O dólar fechou em queda perante o real e se afastando dos R$5,70, em dia de alta para a moeda norte-americana lá fora.
Commodities sobem, de olho no Oriente Médio
As commodities encerraram o dia em alta, puxadas pelo receio com a situação no Oriente Médio.
O Hezbollah anunciou hoje que não irá negociar um acordo de cessar-fogo com Israel enquanto as hostilidades continuarem.
Além disso, a expectativa com a resposta israelense ao ataque iraniano de alguns dias atrás também voltou aos holofotes, depois que Antony Blinken, secretário de Estado dos Estados Unidos, chegou ao país para tentar diminuir as tensões.
Dessa forma, o ouro e a prata avançaram, apesar do avanço dos rendimentos das treasuries norte-americanas.
O ouro voltou a renovar sua máxima histórica, enquanto a prata atingiu seu maior patamar de fechamento dos últimos 10 anos.
Da mesma maneira, o petróleo subiu mais de 2%, com os investidores temendo que Israel ataque áreas de produção da commodity no Irã.
A exceção ficou para o minério de ferro, que não seguiu o bom humor do mercado acionário chinês e fechou em queda em Dalian.
🌎 Com. Ind.: 100,0706 (+1,34%)
🪨 Min Ferro: US$107,01 (-0,50%)
🛢️ WTI: US$71,74 (+2,42%)
🛢️ Brent: US$76,04 (+2,35%)
🥇 Ouro: US$2.759,80 (+0,76%)
🥈 Prata: US$34,925 (+2,49%)
Ibovespa cai com exterior
O Ibovespa fechou mais uma sessão em queda, pressionado pelo exterior.
Com isso, o principal índice acionário do país perdeu os 130 mil pontos.
Dentre os setores da bolsa de valores brasileira, apenas o industrial (INDX) e o de materiais básicos (IMAT) fecharam no positivo.
🇧🇷 Ibovespa: 129.951,37 (-0,31%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 132.125 (-0,09%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.794,10 (-0,01%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 919,13 (-1,74%)
💡 Elétrico (IEEX): 88.585,46 (-0,53%)
🏭 Industrial (INDX): 26.245,59 (+0,15%)
💰 Financeiro (IFNC): 13.239,96 (-0,74%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.631,47 (+0,04%)
Petrobras cai novamente e Vale sobe
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) e da Vale (VALE3) ignoraram o movimento do barril de petróleo e do minério de ferro nesta terça-feira.
Os papéis da petrolífera recuaram novamente na sessão, enquanto as ações da mineradora encerraram uma sequência de três quedas consecutivas para fecharem em leve alta.
Vale (VALE3): R$60,41 (+0,13%)
Hypera dispara mais de 7% e Azul cai mais de 5%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Hypera (HYPE3), que dispararam mais de 7% com os investidores repercutindo a proposta de fusão da companhia com a EMS, anunciada ontem.
Completam o trio as ações da Vamos (VAMO3) e do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3), que avançaram mais de 2% cada.
Na ponta contrária, o avanço do barril de petróleo e do dólar pressionaram as ações da Azul (AZUL4), que recuaram mais de 5% nesta terça.
Elas foram seguidas pelos papéis da Eztec (EZTC3), que caíram mais de 4%, e da MRV (MRVE3), que fecharam em queda de mais de 3%.