Mercados fecham mistos e treasuries caem com Trump; Ibovespa recua

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a sexta-feira de forma mista, em sessão marcada por agenda recheada de dados relevantes.

Na Ásia e na região do Pacífico, o dia foi majoritariamente positivo, com exceção para o Nikkei 225, do Japão.

Isso porque, ainda ontem, os dados de inflação referentes a Dezembro do país confirmaram a expectativa de aceleração do Índice de Preços ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que passou de 2,9% em Novembro para 3,6%.

Em paralelo, o Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) elevou a taxa de juros do país em 25 pontos-base (0,25 ponto percentual), para 0,50% ao ano.

Pelos comentários feitos por Kazuo Ueda, presidente do BoJ, apesar de estar em seu maior patamar dos últimos 17 anos, os juros japoneses devem continuar subindo.

Na Europa, os mercados fecharam majoritariamente positivos, repercutindo as prévias dos PMIs das principais economias do continente, com os índices industrial e de serviços da Zona do Euro e do Reino Unido subindo em Janeiro.

Já em Wall Street, os três principais índices do país fecharam em queda, devolvendo parte dos ganhos recentes.

O recuo ocorreu mesmo depois do presidente Donald Trump dar um passo atrás com relação às tarifas a produtos chineses importados pelos Estados Unidos.

Trump afirmou, em entrevista à Fox News, que tem um poder muito grande sobre a segunda maior economia do mundo, mas que prefere não usá-lo.

O comentário vem em uma sequência gradual de abrandamento de seu discurso com relação ao assunto.

Durante sua campanha, chegou a afirmar que as tarifas seriam de 60%, porém essa semana afirmou que deve ser de apenas 10%.

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Treasuries caem e curva de juros brasileira fecha mista

Apesar de não ter surtido efeito no mercado acionário norte-americano, os comentários de Trump pesaram sobre os rendimentos dos títulos públicos do país, que fecharam o dia em queda ao longo de toda a curva.

Por aqui, os contratos de juros futuros brasileiros encerraram o dia de forma mista, com os vencimentos de curto prazo subindo enquanto os de médio e longo prazos caíram.

Na agenda, o IPCA-15 de Janeiro desacelerou menos que o esperado, acumulando alta de 4,50% nos últimos 12 meses.

Além disso, o mercado também repercutiu um possível corte nos impostos de importação de alimentos, discutido pelo governo para tentar conter a alta dos preços.

Dólar cai novamente com exterior

O dólar fechou o dia em leve queda perante o real, acompanhando o movimento visto lá fora que, por sua vez, foi pressionado pela fala de Trump.

Commodities sobem

As commodities fecharam o dia majoritariamente positivas, com exceção para o petróleo, que terminou a sessão de forma estável.

Ibovespa cai novamente com Petrobras

O Ibovespa encerrou o dia de forma estável, porém com leve viés negativo, pressionado pelo novo recuo das ações da Petrobras.

Dentre os setores da bolsa de valores brasileira o dia foi majoritariamente negativo, com exceção para o imobiliário (IMOB) e o de materiais básicos (IMAT).

Petrobras cai e Vale sobe

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia novamente em queda, pressionadas pela performance do petróleo durante a semana.

Já a Vale (VALE3) subiu, repercutindo a alta do minério de ferro em Dalian e a fala de Trump.

CSN avança mais de 5% e LWSA cai mais de 2%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da CSN (CSNA3), que avançaram mais de 5%, puxadas pela alta do minério e pela fala de Trump.

Completam o trio os papéis da Cogna (COGN3) e da Totvs (TOTS3), que subiram mais de 3% e de 2%, respectivamente.

Na ponta contrária, tanto as ações da LWSA (LWSA3) quanto as da CVC (CVCB3) e do Carrefour (CRFB3) encerraram o dia com queda superior a 2%.