Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a quinta-feira de forma mista, em dia marcado por agenda praticamente vazia novamente.
A mais nova leitura do Produto Interno Bruto (PIB) dos Estados Unidos referente ao quarto trimestre do ano passado veio em linha com o estimado, indicando crescimento trimestral de 2,3%.
Por outro lado, o Índice de Preços PCE dos três últimos meses de 2024 avançaram 2,4%, de 2,3% no relatório anterior.
Seu núcleo, quando são descontados os preços dos alimentos e de energia, avançou 2,7%, acima da leitura preliminar anterior, de 2,50%.
Não bastasse isso, o presidente Donald Trump voltou a ameaçar taxar os produtos canadenses e mexicanos dia 4 do mês que vem e anunciou uma tarifa adicional de 10% aos produtos chineses, além dos 10% adicionais que já estão em vigor, e voltar a ameaçar a Europa com a imposição de taxas.
Com isso, Wall Street fechou a sessão em queda sólida.
Na Europa, o dia também foi negativo para os índices da Zona do Euro com as novas ameaças de Trump.
Essa possibilidade de taxação dos produtos europeus foi uma das questões levantadas pelo Banco Central Europeu (BCE) durante a última reunião do seu comitê de política monetária, conforme ata divulgada hoje.
De acordo com o documento, seus integrantes temem que a política tarifária de Trump cause uma desaceleração da economia global.
Mais cedo, os principais índices da Ásia e da região do Pacífico tiveram dia misto, em sessão marcada por agenda vazia.
🇺🇸 Dow Jones: 43.239,74 (-0,45%)
🇺🇸 S&P VIX: 21,30 (+11,10%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
Treasuries e curva de juros brasileira sobem
Na renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos norte-americanos subiram ao longo de toda a curva.
O movimento visto nos Estados Unidos acabou puxando os contratos de juros futuros brasileiros, que foram influenciados, também, pela taxa de desemprego avançando menos do que previam os especialistas em Janeiro.
De acordo com a PNAD Contínua do mês passado, publicada hoje, ela subiu 0,1 ponto percentual, para 6,5%, ante expectativa de alta de 0,2 ponto percentual.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,126% (+0,19%)
2 anos: 4,061% (-0,27%)
5 anos 4,085% (+0,20%)
10 anos: 4,278% (+0,68%)
30 anos: 4,556% (+1,09%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/26: 14,810% (+0,34%)
Janeiro/27: 14,825% (+0,20%)
Janeiro/29: 14,810% (-0,03%)
Janeiro/31: 14,920% (+0,13%)
Janeiro/33: 14,910% (+0,20%)
Dólar sobe com exterior
O dólar acompanhou o rendimento das treasuries e também subiu mundo afora, avançando perante o real também.
Com o movimento, o Índice Dólar voltou a superar os 107 pontos.
Commodities fecham mistas
No mercado de commodities, o dia foi misto, com o ouro e a prata caindo por conta do avanço dos rendimentos das treasuries, enquanto o petróleo subiu, repercutindo novas sanções à Venezuela e um possível adiamento do aumento de produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+).
Mais cedo, o minério de ferro engatou mais uma sessão negativa em Dalian, na China.
🌎 Com. Ind.: 104,2777 (-0,34%)
🪨 Min Ferro: US$110,75 (-0,80%)
🛢️ WTI: US$70,35 (+2,52%)
🛢️ Brent: US$73,57 (+2,08%)
🥇 Ouro: US$2.895,90 (-1,18%)
🥈 Prata: US$31,830 (-2,29%)
Ibovespa fecha estável, pressionado pela Petrobras
O Ibovespa fechou o dia praticamente estável, com a queda das ações da Petrobras (ver abaixo) impedindo que o principal índice acionário do país subisse.
Apesar disso, o dia foi majoritariamente positivo para os setores da bolsa de valores brasileira, com exceção para o elétrico (IEEX) e o setor de materiais básicos (IMAT).
🇧🇷 Ibovespa: 124.798,96 (+0,02%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 126.530 (-0,27%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.381,37 (+1,05%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 834,05 (+0,38%)
💡 Elétrico (IEEX): 84.246,16 (-0,36%)
🏭 Industrial (INDX): 25.365,62 (+2,73%)
💰 Financeiro (IFNC): 12.984,94 (+0,01%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.340,90 (-0,04%)
Petrobras e Vale caem novamente
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em queda sólida, apesar do avanço do petróleo no mercado internacional, repercutindo o resultado da companhia no quarto trimestre do ano passado.
Apesar do prejuízo auferido no período ser puramente contábil, os investidores não gostaram do não-pagamento de dividendos extraordinários e do Capex acima do projetado para 2024, o que ocasionou uma liquidação de suas ações.
Já os papéis da Vale (VALE3) recuaram pressionadas pela nova queda do minério de ferro em Dalian.
Vale (VALE3): R$56,30 (-0,74%)
Embraer dispara mais de 12%, em dia de destaque negativo para a Petrobras
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Embraer (EMBR3), que dispararam mais de 12% repercutindo o resultado da companhia no quarto trimestre do ano passado.
Outro papel que repercutiu o bom desempenho da empresa nos últimos três meses de 2024 foi o da Marfrig (MRFG3), que subiram quase 9%.
Completa o trio as ações da IRB (Re) (IRBR3), que avançaram mais de 7%, recuperando parte da perda da véspera.
Na ponta contrária, além da Petrobras (PETR3; PETR4), o trio é composto, também, pelas ações da Marcopolo (POMO4), que recuaram mais de 3%.