Mercados caem e treasuries caem com PCE; Ibovespa recua e dólar sobe forte

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a quarta-feira majoritariamente em queda.

Na Ásia e na região do Pacífico o dia foi misto, com destaque para os índices da China e o Hang Seng, de Hong Kong, que subiram forte.

Na Europa, a sessão foi majoritariamente negativa, com exceção para o britânico FTSE 100, que fechou em leve alta.

Já em Wall Street, os três principais índices dos Estados Unidos recuaram, pressionados pelo avanço do Índice de Preços PCE de Outubro.

O índice de inflação preferido do FED registrou alta anual de 2,3%, em linha com o estimado, porém 0,2 ponto percentual superior ao registrado em Setembro.

🌎 Estados Unidos:

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Treasuries caem e curva de juros brasileira sobe

No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos dos Estados Unidos também fecharam em queda ao longo de toda a curva, pressionados pelo fato de que o resultado do PCE não deve interferir nas perspectivas para a política monetária dos Estados Unidos.

Já por aqui, os rumores de que o governo deve anunciar, junto com o pacote de medidas fiscais, a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$5 mil mensais estressou os contratos de juros futuros, que fecharam o dia em forte alta ao longo de toda a curva.

O boato acabou sobressaindo ao resultado abaixo do esperado do Índice de Evolução de Emprego do Caged de Outubro.

Dólar sobe, na contramão do mundo

O dólar fechou em queda lá fora, acompanhando o recuo dos rendimentos das treasuries.

Já por aqui, o estresse do mercado com os rumores sobre o aumento da faixa de isenção de Imposto de Renda fez a moeda norte-americana fechar o dia em forte alta, a R$5,91, seu maior patamar histórico desde o início do Plano Real.

Commodities fecham mistas

As commodities fecharam o dia de forma mista.

O ouro aproveitou o recuo nos rendimentos das treasuries para engatar mais uma sessão positiva, enquanto o barril de petróleo fechou em leve queda, ainda pressionado pelo anúncio de cessar-fogo permanente entre o Hezbollah e Israel.

Mais cedo, o minério de ferro subiu em Dalian, acompanhando o bom humor do mercado chinês.

Ibovespa cai e perde os 128 mil pontos

O estresse no mercado brasileiro atingiu, também, o Ibovespa, que encerrou o dia em queda sólida, perdendo os 129 mil pontos.

O dia foi negativo, também, para os setores da bolsa de valores brasileira, com destaque para os voltados à economia interna, que sentiram a forte alta da curva de juros do país.

A exceção ficou para o setor de materiais básicos (IMAT).

Petrobras cai e Vale sobe

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam novamente em queda, pressionadas pelo novo recuo do petróleo no mercado internacional.

Por outro lado, os papéis da Vale (VALE3) fecharam em alta, recuperando parte das perdas recentes, puxadas pelo novo avanço do minério de ferro na China.

Natura sobe mais de 3% e Magazine Luiza despenca mais de 9%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da Natura (NTCO3), que subiram mais de 3% depois da companhia anunciar que chegou a um acordo global de transação com o Comitê de Credores Quirografários da Avon Products Inc (API) e suas afiliadas devedoras no processo de Chapter 11 dos devedores nos EUA.

A companhia pagará US$34 milhões em dinheiro à massa de devedores da Avon, além do valor total do financiamento na modalidade DIP (debtor-in-possession), de US$43 milhões.

Completam o trio os papéis da Marfrig (MRFG3), que subiram mais de 2%, e da Usiminas (USIM5), que avançaram mais de 1%, com ambas influenciadas pela alta do dólar.

Na ponta contrária, as ações da Magazine Luiza (MGLU3) despencaram mais de 9% pressionadas pela alta dos contratos de juros futuros. Elas foram seguidas pelas da LWSA (LWSA3), que também recuaram mais de 9%, depois que o Citi rebaixou elas para “Neutra” e cortou seu preço-alvo para R$4,90.

Além delas, completam o trio os papéis da Azzas 2154 (AZZA3), que caíram mais de 7%.