Mercados fecham mistos e treasuries caem; Ibovespa recua

Resumo do mercado de hoje

Os mercados fecharam a terça-feira (29) de forma mista, com os investidores repercutindo dados econômicos dos Estados Unidos.

O relatório de oferta de empregos JOLTS de Setembro registrou queda maior do que a prevista no número de vagas disponíveis no país, enquanto o índice de confiança do consumidor norte-americano calculado pela Conference Board disparou em Outubro.

Além disso, a temporada de balanços segue a todo vapor em Wall Street, com as ações do McDonald’s recuando depois do resultado da companhia não agradar o mercado, o que acabou pressionando o Dow Jones, que fechou em queda.

Por outro lado, o Nasdaq e o S&P 500 subiram, puxados pela expectativa do balanço da Alphabet, dona do Google, que será divulgado após o encerramento da sessão.

Na Europa, o dia foi de queda, com os principais índices do continente devolvendo parte dos ganhos recentes.

Já na Ásia e na região do Pacífico, a sessão foi majoritariamente positiva, com exceção para os índices chineses, que também passaram por correção.

🌎 Estados Unidos:

🌍 Europa:

🌏 Ásia e Pacífico:

Treasuries caem e curva de juros brasileira sobe

No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos norte-americanos fecharam em queda ao longo de toda a curva, devolvendo parte dos ganhos recentes, depois que os dados divulgados hoje reduziram as apostas na manutenção dos juros dos Estados Unidos em Novembro.

Por outro lado, os contratos de juros futuros brasileiros encerraram o dia em alta, puxados pela expectativa dos investidores com o pacote de corte de gastos que deve ser anunciado em breve pelo governo.

Falando com repórteres hoje, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou não saber de onde saíram os rumores de que o governo deve anunciar algo entre R$30 bilhões e R$50 bilhões, deixando o mercado apreensivo.

Dólar sobe puxado pelo exterior

O dólar fechou o dia em alta perante o real, superando os R$5,70, fechando em seu maior patamar desde Março de 2021.

O movimento foi ocasionado pela cautela adotada pelo mercado depois da fala do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre o corte de gastos a ser anunciado pelo governo.

Lá fora, o dia foi misto para a moeda norte-americana.

Commodities fecham mistas; Ouro renova recorde

As commodities fecharam novamente de forma mista nesta terça-feira.

O petróleo recuou depois de rumores de que o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, estaria disposto a negociar uma trégua com o Hamas para a liberação de parte dos 100 reféns que ainda são mantidos pelo grupo.

A commodity devolveu os ganhos conquistados logo cedo, quando recuperava parte das perdas de ontem com a notícia de que os Estados Unidos irão comprar até 3 milhões de barris para repor sua reserva estratégica.

Por outro lado, o ouro aproveitou a queda nos rendimentos das treasuries para renovar sua máxima histórica.

Ibovespa cai

O Ibovespa fechou em queda nesta terça, devolvendo parte dos ganhos de ontem.

Com isso, o principal índice acionário do país não conseguiu sustentar os 131 mil pontos recém conquistados.

O dia foi majoritariamente negativo também para os setores da bolsa de valores brasileira, com exceção do industrial (INDX).

Petrobras e Vale caem

As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) encerraram o dia novamente em queda, acompanhando o novo recuo do barril de petróleo no mercado internacional e repercutindo a sua prévia operacional referente ao terceiro trimestre deste ano.

Da mesma maneira, os papéis da Vale (VALE3) encerraram o dia no negativo, pressionados pelo recuo do minério de ferro em Dalian, na China.

Frigoríficos são destaque e Santander cai mais de 5%

Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as dos frigoríficos, com as da Minerva (BEEF3) e da Marfrig (MRFG3) subindo 3% cada.

Além delas, completam o trio os papéis da Embraer (EMBR3), que avançaram mais de 3%. Todas elas foram puxadas pela recente valorização do dólar e o impacto que o avanço da moeda norte-americana pode ter em seus resultados.

Na ponta contrária, as units do Santander (SANB11) recuaram mais de 5%, pressionadas pelo balanço da instituição, que não agradou ao mercado, ainda que tenha agradado os analistas.

Completam o trio os papéis da Tim (TIMS3), que recuaram quase 5%, pressionadas pela empresa de telefonia que o Nubank está lançando, e da Azul (AZUL4), que caiu mais de 4%, devolvendo parte dos ganhos de ontem.