Resumo do mercado de hoje
Os mercados fecharam a quinta-feira (31) em queda, repercutindo a agenda econômica lotada da sessão.
Ainda ontem, foram divulgados os PMIs da indústria e do setor de serviços da China, que registraram alta em Outubro.
O desempenho acabou puxando os índices do país, que foram os únicos a subir dentre os principais da Ásia e da região do Pacífico.
Na Europa, a prévia da inflação da Zona do Euro de Outubro apresentou desempenho superior ao estimado, gerando ainda mais debate sobre os próximos passos da política monetária do bloco.
Com isso, os principais mercados do continente fecharam mais um dia no negativo.
Da mesma maneira, em Wall Street, o Índice de Preços PCE de Setembro e o relatório de pedidos por seguro-desemprego acabaram pressionando os três principais índices dos Estados Unidos, que fecharam o dia em queda.
🌎 Estados Unidos:
🇺🇸 Nasdaq: 18.085,86 (-2,81%)
🇺🇸 S&P 500: 5.705,45 (-1,86%)
🇺🇸 Dow Jones: 41.763,46 (-0,90%)
🇺🇸 S&P VIX: 23,16 (+13,81%)
🌍 Europa:
🌏 Ásia e Pacífico:
🇯🇵 Nikkei: 39.099,50 (-0,59%)
🇨🇳 Shanghai: 3.279,82 (+0,82%)
🇨🇳 SZSE: 10.591,22 (+0,57%)
🇭🇰 HSI: 20.317,33 (-0,31%)
🇰🇷 Kospi: 2.560,95 (-1,27%)
🇦🇺 ASX 200: 8.160,00 (-0,25%)
Treasuries sobem e puxam curva de juros brasileira
No mercado de renda fixa, os rendimentos dos títulos públicos norte-americanos fecharam novamente em alta ao longo de praticamente toda a curva, depois dos dados divulgados hoje.
O movimento acabou influenciando os contratos de juros futuros, que também subiram.
Além das treasuries, o “atraso” no anúncio do pacote de corte de gastos do governo também tem gerado cautela e puxado a curva de juros brasileira.
Hoje, a viagem do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a Europa na semana que vem fez o mercado passar a prever que ele deve ser anunciado na outra semana, o que gerou insatisfação.
Além disso, o IBGE divulgou nesta manhã a taxa de desemprego do país, que recuou 0,2 ponto percentual em Setembro, para 6,4%, abaixo do que previam os especialistas, que estimavam que ela recuaria 0,1 ponto percentual, para 6,5%.
Essa queda, atrelada ao Caged de ontem, mantém as perspectivas de um mercado de trabalho robusto e que apresenta uma desaceleração muito gradual, o que tem ocasionado revisões para cima das estimativas para a taxa Selic.
🇺🇸 Treasuries:
1 ano: 4,277% (+0,23%)
2 anos: 4,174% (+0,49%)
5 anos 4,160% (+0,85%)
10 anos: 4,286% (+0,53%)
30 anos: 4,476% (-0,07%)
🇧🇷 Contratos de Juros Futuros:
Janeiro/25: 11,290% (+0,25%)
Janeiro/26: 12,825% (+0,71%)
Janeiro/28: 13,005% (+0,77%)
Janeiro/30: 12,990% (+0,85%)
Janeiro/33: 12,830% (+0,71%)
Dólar sobe, em dia misto lá fora
O dólar fechou o dia em queda perante o real, repercutindo as notícias relacionadas com o anúncio do pacote de corte de gastos o governo.
Lá fora, o dia foi misto, com o destaque ficando para o avanço da moeda norte-americana perante a libra, repercutindo o pacote orçamentário do Reino Unido, anunciado ontem e que não agradou tanto ao mercado quanto aos especialistas.
Por outro lado, o iene se valorizou perante o dólar, com a moeda norte-americana recuando quase 1% diante da moeda japonesa, mesmo depois do Banco do Japão (BoJ, na sigla em inglês) manter os juros do país inalterados e não dar sinais de quando a próxima alta deve ocorrer.
Commodities fecham mistas
As commodities fecharam o dia de forma mista.
O petróleo avançou, mantendo o ritmo de recuperação gradual, com os investidores repercutindo o plano dos Estados Unidos de recomprar parte de suas reservas estratégicas.
Já o ouro teve dia de correção, encerrando a sessão em queda.
🌎 Com. Ind.: 98,8900 (-0,80%)
🪨 Min Ferro: US$109,86 (-0,30%)
🛢️ WTI: US$69,26 (+0,94%)
🛢️ Brent: US$72,81 (+0,90%)
🥇 Ouro: US$2.749,30 (-1,83%)
🥈 Prata: US$32,820 (-3,68%)
Ibovespa fecha em queda
O Ibovespa fechou em queda novamente nesta quinta, pressionado pelo mal humor externo e a má repercussão do noticiário político doméstico.
Com isso, o principal índice acionário do país perdeu os 130 mil pontos.
Da mesma maneira, todos os setores da bolsa de valores brasileira recuaram, com destaque para o de consumo (ICON) e o financeiro (IFNC), pressionado pelas ações do Bradesco (ver abaixo).
🇧🇷 Ibovespa: 129.713,33 (-0,71%)
🇧🇷 Ibovespa Futuro: 131.150 (-0,76%)
🛍️ Consumo (ICON): 2.787,06 (-1,26%)
🏗️ Imobiliário (IMOB): 935,72 (-0,46%)
💡 Elétrico (IEEX): 86.471,46 (-0,25%)
🏭 Industrial (INDX): 26.282,44 (-0,75%)
💰 Financeiro (IFNC): 13.094,05 (-1,43%)
🧱 Mat. Básicos (IMAT): 5.753,59 (-0,39%)
Petrobras sobe e Vale cai novamente
As ações da Petrobras (PETR3; PETR4) fecharam o dia em alta, puxadas, no final da sessão, por rumores de que o Irã deve responder ao ataque israelense a bases militares do país, feito no final de semana.
Por outro lado, os papéis da Vale (VALE3) encerraram o dia em queda novamente, acompanhando o recuo do minério de ferro no mercado internacional.
Vale (VALE3): R$62,06 (-0,66%)
BRF sobe mais de 2% e Hypera despenca mais de 8%
Dentre as ações que compõem o Ibovespa, o destaque ficou para as da BRF (BRFS3), que subiram mais de 2%, puxadas pelo avanço do dólar.
Completam o trio os papéis da CSN Mineração (CMIN3), que também avançaram mais de 2%, e da Marfrig (MRFG3), que fecharam em alta de mais de 1%.
Na ponta contrária, o destaque ficou para as ações da Hypera (HYPE3), que despencou mais de 8%, depois da EMS formalizar a desistência da proposta de fusão com a companhia.
Além delas, completam o trio a CVC (CVCB3), que caiu mais de 5%, e o Bradesco (BBDC4), que registrou queda de mais de 4%, com os investidores repercutindo mal o seu balanço referente ao terceiro trimestre do ano.