Mercados aliviam tensão com FED mais tranquilo

A semana que se encerrou na última sexta-feira (3) foi marcada por alívio nos mercados, com a perspectiva de que o Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, não deve mais subir os juros do país.

Na quarta-feira (1), a autoridade monetária optou por manter os juros norte-americanos inalterado pela segunda reunião consecutiva e apresentou uma comunicação mais branda do que a dos últimos encontros, na visão dos especialistas.

Atrelado a isso, os dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos divulgados ao longo da semana apresentaram, de forma geral, desempenho abaixo do esperado, indicando desaceleração, o que era amplamente citado pelos integrantes do FED como fator determinante para a política monetária do país.

Por aqui, a semana mais curta por conta do feriado da quinta-feira (2) foi marcada por mais um corte de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual) na taxa Selic, que passou a 12,25% ao ano.

Esse cenário “benigno” fez o Ibovespa subir mais de 4% na semana e o dólar voltar a fechar abaixo dos R$4,90.

Brasil

🇧🇷 Ibovespa: 118.159,97 (+4,29%)

🇺🇸 Dólar: R$4,8963 (-2,70%)

🇪🇺 Euro: R$5,2524 (-0,87%)

Estados Unidos

🇺🇸 Nasdaq: 13.478,28 (+6,61%)

🇺🇸 S&P 500: 4.358,34 (+5,86%)

🇺🇸 Dow J.: 34.061,32 (+5,07%)

Europa

🇬🇧 FTSE 100: 7.291,28 (+1,73%)

🇪🇺 Stoxx 50: 4.176,45 (+4,03%)

🇩🇪 DAX: 15.189,25 (+3,65%)

Ásia & Pacífico

🇯🇵 Nikkei 225: 31.949,89 (+2,21%)

🇨🇳 Shanghai: 3.030,80 (+0,43%)

🇨🇳 SZSE: 9.853,89 (+0,85%)

Dólar

🌎 Índice Dólar: 104,910 (-1,40%)

🇪🇺 Euro: 0,9323 (-1,50%)

🇬🇧 Libra: 0,8083 (-2,02%)

Commodities

🛢️ Brent: US$85,23 (-5,41%)

🪨 Minério: US$126,29 (+3,84%)

🥇 Ouro: US$1.999,85 (-0,82%)


Acabou? Especialistas comentam manutenção da taxa de juros dos Estados Unidos

O Federal Reserve (FED), banco central dos Estados Unidos, optou por manter a taxa de juros do país inalterada pela segunda reunião consecutiva, no patamar entre 5,25% a 5,50%.

A manutenção dos juros era um consenso nos mercados, chegando a ser a aposta de 99,6% dos investidores norte-americanos, conforme dados compilados pelo CME Group.

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O foco, na verdade, era tanto o comunicado que acompanha o anúncio, quanto, e principalmente, a coletiva de imprensa de Jerome Powell, presidente da autoridade monetária, concedida tradicionalmente após a divulgação da decisão.

No comunicado, o FED afirmou que a economia norte-americana avançou a um “ritmo forte” no terceiro trimestre e admitiu que, ainda que apertado, o mercado de trabalho apresentou performance mais “moderada” do que no começo do ano.

Além disso, também é citada as condições financeiras, que se tornaram mais restritivas.

Para Seema Shah, estrategista-chefe global da Principal Asset Management, a referência às condições financeiras foi o destaque da publicação.

“A ênfase da declaração nas condições financeiras que pesam sobre a economia é potencialmente um sinal de que o Fed tem um apetite mínimo para aumentar ainda mais as taxas”, comentou.

“Mas com a economia ainda tão aquecida e a desaceleração da inflação potencialmente a atingir um obstáculo, uma abordagem excessivamente pacífica de Powell pode arriscar um ressurgimento das pressões inflacionárias”.

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Payroll de Outubro corrobora com cenário de manutenção dos juros, dizem especialistas

O Departamento do Trabalho dos Estados Unidos divulgou, nesta sexta-feira (3), uma série de dados relacionados ao mercado de trabalho do país referentes a Outubro.

A economia norte-americana gerou 150 mil novos empregos no mês, abaixo dos 180 mil esperados pelos especialistas.

O destaque ficou para o setor de cuidados de saúde, com 58 mil novos empregos, seguido pelo governo (51.000), a construção (23.000) e a assistência social (19.000).

O setor de Lazer & Hospitalidade, que tem puxado os últimos dados, registrou 19 mil novos empregos.

Com isso, a taxa de desemprego do país 0,1 ponto percentual, para 3,9%, ante expectativa de manutenção dos 3,8%.

Os ganhos por hora trabalhada também desaceleraram, passando de 0,3% para 0,2% no comparativo mensal, 0,1 ponto percentual abaixo do esperado, enquanto avançou 4,1% no comparativo anual, 0,2 ponto percentual abaixo dos 4,3% registrado em Agosto e 0,1 ponto percentual acima do esperado.

De forma geral, os especialistas destacaram que o relatório apresentado hoje fortalece a perspectiva de que o FED não deve mais subir os juros.

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➕ Destaques:

🇧🇷 Segue o ritmo: o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou um novo corte de 50 pontos-base (0,50 ponto percentual) na taxa Selic, a taxa básica de juros brasileira, para 12,25% ao ano, em decisão unânime. O corte de mesma magnitude que nas reuniões anteriores já era amplamente esperado pelo mercado, que estava na expectativa pelo comunicado que acompanha o anúncio.

🇧🇷 212 mil empregos: o Brasil gerou quase 212 mil novos empregos em Setembro, acima da expectativa dos especialistas. O destaque ficou para o setor de serviços, que apresentou saldo positivo de 89,2 mil vagas, seguido pelo comércio, que registrou 43,5 mil vagas, e pela indústria, com 43,2 mil.

🇪🇺 Não deve mais subir: a inflação de Outubro e o PIB do terceiro trimestre da Zona do Euro registrou desempenho abaixo do esperado pelos especialistas, corroborando a ideia de que o Banco Central Europeu (BCE) não deve mais subir os juros do bloco econômico.


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O que vem pela frente?

A semana que se inicia hoje conta com poucos dados relevantes a serem divulgados, com destaque para a agenda doméstica.

Na terça-feira (7), teremos a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil, enquanto na sexta-feira (10), o IBGE divulga o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de Outubro.

Lá fora, os destaques ficam para a inflação e a balança comercial chinesa, os dados de inflação da Alemanha de Outubro e o PIB do terceiro trimestre do Reino Unido.

Fora a agenda econômica, os investidores vão permanecer de olho nas movimentações em Brasília, com a possibilidade de alteração da meta fiscal brasileira do ano que vem, conforme informou na semana passada o GloboNews, e, também, na temporada de resultados das empresas listadas.

Agenda Econômica:

🗓️ Terça (7): Balança Comercial (Out) 🇨🇳

🗓️ Terça (7): Ata do Copom 🇧🇷

🗓️ Terça (7): Saldo das Contas Públicas (Set) 🇧🇷

🗓️ Quarta (8): Inflação (Out) 🇩🇪

🗓️ Quarta (8): Vendas no Varejo (Set) 🇧🇷

🗓️ Quarta (8): Inflação (Out) 🇨🇳

🗓️ Sexta (10): PIB (3T) 🇬🇧

🗓️ Sexta (10): Inflação (Out) 🇧🇷

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