O Ministério do Trabalho e Emprego divulgou, nesta quarta-feira (26) o Índice de Evolução de Emprego do Caged referente a Janeiro.
Foram gerados 137,3 mil novos postos de trabalho formais no mês, depois do fechamento de 535,6 mil em Dezembro.
O resultado foi bem acima do estimado pelos especialistas, que previam 48 mil novos empregos formais, o que já havia sido antecipado pelo ministro Luiz Marinho que, nessa semana, afirmou que seriam “mais de 100 mil empregos” em Janeiro.
Dos cinco setores pesquisados, apenas o Comércio registrou fechamento de vagas, com saldo negativo de 52.417.
O destaque ficou para a Indústria Geral, com 70.428 vagas, seguida por Serviços (45.165), Construção Civil (38.783) e Agropecuária (35.754).
Além disso, o salário médio de contratação cresceu 4,12% em comparação a Dezembro, para R$2.251,33.
O resultado não foi bem recebido pelos especialistas.
Isso porque o dado corrobora com a perspectiva de um mercado de trabalho ainda aquecido e sem mostrar sinais de arrefecimento, apesar da forte queda de Dezembro.
Nesse contexto, justifica-se uma postura mais rígida do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que deve levar a taxa de juros brasileira para além dos 14,25% ao ano já esperados.
Alguns argumentam que o relatório pode respingar na perspectiva do mercado para a taxa básica de juros brasileira terminal de 2025, que hoje se encontra em 15,00%, de acordo com o último Boletim Focus.