O Tesouro Nacional divulgou, nesta quinta-feira (30) o resultado primário do governo central referente a Dezembro.
As contas do governo registraram superávit de R$24,026 bilhões no mês.
Com isso, elas encerraram 2024 com déficit de R$43,004 bilhões, equivalente a 0,36% do PIB.
Apesar disso, o governo cumpriu a meta fiscal estipulada para o ano de 2024.
Isso porque, excluindo da conta os créditos extraordinários para o Rio Grande do Sul, Pantanal e Amazônia, além também, dos créditos extraordinários em favor do Poder Judiciário e do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o rombo foi de R$11,03 bilhões, equivalente 0,09% do PIB.
O resultado que inclui os créditos extraordinários equivale a uma queda de 81% quando comparado com o déficit de R$228,5 bilhões em 2023.
O Secretário do Tesouro, Rogério Ceron, afirmou que o resultado de 2024 é o segundo melhor da década, o que indica que o país vive um processo de recuperação fiscal.
Ele também destacou que, sem os créditos extraordinários aprovados ao longo do ano passado, o resultado ficou muito próximo da meta fiscal e que, quando eles são adicionados, os números ficaram bem distante do projetado pelo mercado.
No mercado, o resultado foi bem recebido pelos especialistas, que previam um desempenho bem abaixo do registrado.
Apesar disso, a cautela com a situação fiscal do país segue, com eles afirmando que a forma como hoje é conduzida a questão não trará a estabilidade da dívida pública brasileira.
Para gerar ainda mais temores, hoje pela manhã, falando a jornalistas, o presidente Lula afirmou que não quer ter que fazer um novo ajuste fiscal.
“Não tem outra medida fiscal. Se se apresentar durante ano a necessidade de fazer, vamos reunir. Se depender de mim, não tem outra medida fiscal”, enfatizou ele.
Apesar do posicionamento, que não foi bem recebido, Lula reiterou seu compromisso com a situação fiscal e que não gastará mais do que arrecada, a não ser que seja “para ativo novo que faça esse país melhor”.
“A gente quer responsabilidade fiscal e menor déficit possível porque quer que esse país dê certo”, destacou.