O Banco Central do Brasil publicou, nesta segunda-feira (14), o índice IBC-Br referente a Agosto.
O índice de atividade econômica, considerado a prévia do Produto Interno Bruto (PIB), avançou 0,23% no mês, depois de recuar -0,59% em Julho, que foi revisado para baixo, vindo de -0,40%.
Além dessa revisão, o BC também reviu o resultado de Maio, que passou de 0,36% para 0,39%, mantendo o avanço de 1,36% registrado em Junho.
O resultado surpreendeu os especialistas, que projetavam que o índice permaneceria estável (0,00%) no mês.
Apesar disso, eles seguem projetando que a economia brasileira deve desacelerar até o final do ano, pressionada, principalmente, pela retomada do ciclo de alta da taxa Selic, iniciado no mês passado pelo Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.
Para Alberto Ramos, chefe de research para a América Latina do Goldman Sachs, acredita que a atividade econômica deve apresentar moderação nos próximos meses, mesmo depois da surpresa em Agosto.
Apesar disso, a demanda deverá continuar beneficiada pelos estímulos fiscais com transferência de renda, aumento do salário mínimo e a reviravolta no ciclo de crédito.
“Isso deve ser mitigado por condições monetárias domésticas restritivas, altos níveis de endividamento, baixos níveis de folga econômica e maior incerteza política/fiscal”, ponderou.
O economista da XP Investimentos, Rodolfo Margato, mantém a perspectiva de que a economia brasileira segue em desaceleração gradual no segundo semestre.
A instituição mantém a perspectiva de crescimento de 0,5% do PIB no terceiro trimestre e de avanço de 3,1% em 2024.