O Banco Central divulgou, nesta quinta-feira (16) o IBC-Br de Novembro.
O Ćndice de atividade do BC, considerado a prĆ©via do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, avanƧou 0,10% no mĆŖs, 0,01 ponto percentual acima do crescimento registrado (e revisado para baixo, de 0,14%) em Outubro.
O resultado surpreendeu os especialistas, que previam que ele permaneceria estÔvel (0,00%) em comparação ao mês anterior.
Além da revisão de Outubro, a autoridade monetÔria também revisou para baixo os resultados de Setembro, que passou de 0,88% para 0,73%, e de Agosto, que foi de 0,30% para 0,28%.
O resultado foi puxado pelo setor de agricultura, enquanto serviços, principal motor da economia brasileira, recuou mais do que o previsto, registrando queda de -0,9% no mês, a maior desde Abril de 2023.
De forma geral, apesar da surpresa positiva, os analistas consideraram que os números apresentados corroboram cenÔrio de arrefecimento da economia brasileira.
“Se, por um lado, essa resiliĆŖncia contribui para que a economia brasileira apresente um ritmo de crescimento de 3,5% em 2024, por outro, se mostra um importante fator de risco inflacionĆ”rio, que jĆ” estĆ” se materializando nas leituras mais recentes do IPCA, sobretudo nos itens mais ligados ao ciclo econĆ“mico”, ponderaram Yihao Lin, Lucas Farina, JosĆ© MĆ”rcio Camargo e Gabriel Pestana GuimarĆ£es, da Genial Investimentos.
Com isso, eles mantiveram sua projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do paĆs no quarto trimestre do ano em 0,5% no comparativo trimestral.
Os analistas do Bank of America (BofA) também destacaram os sinais de desaceleração, afirmando que dados relacionados à indústria, comércio e serviços mostraram enfraquecimento, o que indica uma desaceleração gradual da economia brasileira.
Dessa maneira, eles seguem projetando que o PIB deve crescer 3,0% em 2024 e 2,0% esse ano, apesar de admitir que é necessÔrio acompanhar de perto tanto os efeitos do novo aperto monetÔrio promovido pelo BC quanto a redução do impulso fiscal sobre a atividade.