O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta sexta-feira (27), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) referente a Dezembro.
A prévia da inflação brasileira avançou 0,34% no mês, 0,28 ponto percentual abaixo do registrado em Novembro e 0,11 ponto percentual inferior ao projetado pelos especialistas.
Dos nove grupos pesquisados, cinco registraram alta no mês, com destaque para Alimentação & Bebidas, que avançou 1,47%, puxado pela Alimentação em Domicílio, que subiu 1,56% por conta da alta no preço da carne e do óleo de soja.
Além dele, as categorias de Despesas Pessoais (1,36%), Transporte (0,46%), Vestuário (0,34%) e Comunicação (0,08%) registraram alta.
Na ponta contrária, o destaque ficou para Habitação, que recuou -1,32% pressionada pela queda de -5,72% da energia elétrica residencial, por conta do retorno da vigência da bandeira tarifária verde no mês, com a qual não há cobrança adicional nas faturas.
Além dele, Artigos para Residia (-0,52%) e Saúde & Cuidados Pessoais (-0,05%) também registraram queda nos preços.
No acumulado dos últimos 12 meses, o índice desacelerou 0,06 ponto percentual, passando de 4,77% em Novembro para 4,71% este mês, surpreendendo os especialistas, que esperavam alta de 4,82%, 0,05 ponto percentual acima do registrado no relatório anterior.
A inflação de serviços arrefeceu 0,08 ponto percentual em comparação a Novembro, para 0,64%, enquanto a de serviços subjacentes subiu de 0,45% para 0,71%.
A média dos núcleos se manteve estável, registrando alta de 0,41% no mês, enquanto a difusão passou de 57,5% em Novembro para 61,9% em Dezembro.
O IPCA-15 encerra 2024 0,21 ponto percentual acima do limite superior da banda de inflação estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), cuja meta é de 3,0% ao ano, com variação de 1,5 ponto percentual para mais e para menos, tendo que ficar, no mínimo, em 1,5% ao ano, e, no máximo, em 4,5% ao ano.
De forma geral, os especialistas se mostraram surpresos com a desaceleração do índice, porém não alteraram suas perspectivas para a política monetária brasileira.
Isso porque, para o ano que vem, eles seguem prevendo que o IPCA deve voltar a estourar a meta.