O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta terça-feira (11), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) referente a Janeiro.
A inflação oficial do país avançou 0,16% no mês, depois de registrar alta de 0,52% em Dezembro, ficando levemente acima do esperado pelos especialistas, que previam alta de 0,14%. O resultado é o menor já registrado para o mês desde o início do Plano Real.
No acumulado dos últimos 12 meses, o índice avançou 4,56%, desacelerando 0,27 ponto percentual em comparação ao resultado de Dezembro e ficando 0,01 ponto percentual abaixo do esperado.
Dos nove grupos pesquisados pelo IBGE, apenas dois deles registraram queda, sendo Habitação, que recuou -3,08% pressionado pela queda nos preços da energia elétrica, e Vestuário, que caiu -0,14%.
Na ponta contrária, o destaque positivo ficou para Transportes, que registrou alta de 1,30%, puxado pelas passagens aéreas, que subiram 10,42% no mês, enquanto combustíveis avançou 0,75%.
O grupo foi seguido por Alimentos & Bebidas, que teve alta de 0,96% no mês. Essa é a quinta alta mensal consecutiva do segmento.
A inflação de serviços avançou 0,78%, 0,12 ponto percentual acima da registrada em Dezembro, enquanto os preços de serviços subjacentes passaram de 0,67% para 0,86%.
A média dos núcleos acelerou 0,03 ponto percentual, para 0,61%, enquanto a difusão do índice caiu 4 pontos percentuais, para 65%.
De forma geral, os especialistas se mostraram satisfeitos com o alívio apresentado no mês, apesar de considerarem que ele é passageiro.
Isso porque, neste mês encerra-se o bônus de Itaipu para a energia elétrica, o ICMS sobre os combustíveis teve aumento, assim como serviços sazonais, como é o caso da educação.
Sendo assim, eles consideram que a dinâmica inflacionária segue preocupante e que, atrelada à deterioração das expectativas de inflação, deve sustentar um ciclo de alta da taxa Selic que vá além dos 100 pontos-base (1,00 ponto percentual) já projetado para a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.