Os fundos de investimento registraram regaste líquido de R$9,151 bilhões em Outubro, de acordo com dados divulgados na última sexta-feira (8) pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
O destaque positivo do mês ficou para os Fundos de Investimento em Direitos Creditórios (FIDCs), que captaram R$16,17 bilhões no período, seguido pelos Fundos de Investimento em Renda Fixa, com R$10,05 bilhões, e pelos Fundos de Previdência, com R$1,96 bilhão.
Além deles, registraram saldo positivo os Fundos de Investimento em Participações (FIPs), com R$1,45 bilhão, os Exchange Traded Funds (ETFs), com R$567 milhões, e os Fundos Cambiais, com R$322 milhões.
Na ponta contrária, os Fundos de Investimento em Multimercados (FIMs) registraram saque líquido de R$39,224 bilhões, seguidos pelos Fundos de Ações (FIAs), com R$450 milhões.
Apesar do segundo desempenho mensal negativo, o saldo do ano é positivo em R$245,256 bilhões, com destaque para os Fundos de Renda Fixa, que captaram R$312,407 bilhões no período.
“A renda fixa tem sido o principal motor da recuperação da indústria de fundos em 2024, e esse movimento tende a continuar diante da perspectiva que a Selic possa chegar a 11,75% até o fim do ano”, afirma o diretor da Anbima, Pedro Rudge.
“A taxa, elevada em comparação com patamares históricos, torna os fundos de renda fixa atraentes, especialmente para os investidores que buscam segurança”.
Além dela, os FIDCs captaram R$109,326 bilhões, enquanto os Fundos de Previdência registraram captação positiva de R$32,183 bilhões e os FIPs de R$29,99 bilhões.
Vale ressaltar que, apesar de apresentar resultado negativo nos quatro últimos meses, os FIAs seguem positivos no ano, com captação líquida de R$379 milhões.
Por outro lado, o destaque negativo fica para os FIMs registraram saque líquido de R$235,621 bilhões.
“Os multimercados continuam sofrendo resgates significativos e, nesse cenário, é natural que as gestoras revisem suas estratégias e a decisão de manter esses fundos em suas prateleiras”, afirma Rudge.
“A redução no número de multimercados também pode ser explicada pelo movimento de transformação desses fundos em outros tipos após a edição da Lei 14.754, que alterou a tributação dos fundos fechados”.
Seguem negativos, também, os ETFs, com saque líquido de R$473 milhões, e os Fundos Cambiais, com R$473 milhões sacados.