A Standard&Poor’s (S&P), uma das principais agências de classificação de riscos do mundo, elevou a nota de crédito do Banco Pine (PINE3; PINE4) de ‘brA-‘ para ‘brA’, com perspectiva ‘Estável’.
De acordo com a publicação, a elevação se dá por conta do “crescimento consistente” apresentado pela instituição nos últimos trimestres, “alcançando os maiores lucros de sua história”.
“Além disso, o banco tem expandido seus negócios, especialmente nas linhas de crédito de varejo colateralizado através de produtos consignados e operações estruturadas no atacado”, acrescenta.
“Concomitantemente a esse crescimento, o Pine tem mantido com êxito suas métricas de qualidade de crédito e de capital sob níveis administráveis, em grande parte graças às garantias e baixas perdas do consignado e à maior geração interna de capital. Ademais, seu portfólio de crédito a empresas manteve baixos níveis de inadimplência, apesar da alta volatilidade econômica”.
Com relação à perspectiva, a agência argumenta que ela “baseia-se em nossa expectativa de que os fundamentos de crédito do banco permanecerão inalterados nos próximos 12 meses”.
“Em nossa visão, o desempenho financeiro deve continuar positivo a despeito da concentração de receitas nas principais linhas de negócios, com crescimento da carteira balanceado por baixos níveis de inadimplência, dada a natureza das operações com consignação. Também esperamos que sua estrutura de capital e liquidez permaneçam estáveis, porém com desafios provenientes do montante de créditos tributários (que pressionam nossas métricas de capital) e da concentração do mix de funding e do portfólio de atacado em certos devedores e setores econômicos, como agronegócio e imobiliário”, projeta a S&P.
Para ter sua nota elevada, o banco precisa continuar sua expansão de negócios tanto em tamanho quanto em diversificação, mas sem comprometer suas métricas de capital, a qualidade de seus ativos e sua liquidez.
A agência também destaca que ele precisa manter suas receitas de forma saudável e continuar apresentando “histórico mais longo de lucros acima de seus pares”.
“Além disso, um a elevação também seria possível se o Pine apresentasse melhora nas margens financeiras, na diversificação em fontes de financiamento e em seu portfólio de crédito corporativo, bem como na redução dos créditos tributários acumulados no balanço”, acrescenta.
Por outro lado, para ter sua nota rebaixada, a instituição precisaria deixar de apresentar boa qualidade de crédito e níveis de liquidez suficientes durante esse processo de expansão ou em caso de uma deterioração relevante em suas métricas de capital.
“Também poderemos rebaixar o rating diante de uma queda consistente nas receitas, prejudicando assim a lucratividade do banco”, conclui.