A Fitch, uma das principais agências de classificação de risco do mundo, reafirmou, ontem (26), a nota de crédito global ‘BB-‘ e nacional ‘AA-(bra)’ da Ambipar (AMBP3), mas elevou a perspectiva delas para ‘Positiva’.
De acordo com a agência, a nota reflete a sólida posição da companhia no setor de serviços ambientais, seu potencial de crescimento e a diversificação geográfica de suas receitas.
“A empresa se beneficia de um favorável histórico de renovação de contratos e razoável proteção de suas margens, devido a mecanismos contratuais de repasse de custos”, afirma a publicação.
A publicação destaca a mudança positiva de sua estratégia para reduzir a intensidade de capital, melhorar ciclo de caixa, reduzir necessidades de capital de giro e focar no crescimento orgânico, o que deve permitir que atinja gradualmente suas metas de desalavancagem.
“A Fitch acredita que a Ambipar reduzirá seu endividamento em cerca de BRL1 bilhão até o final de 2024, após concluir uma transação de sale-leaseback em parte de sua frota e usar ações em tesouraria para reduzir dÃvida”, comenta.
“O cenário-base da Fitch também incorpora uma prudente polÃtica de dividendos, com mÃnimo de pagamentos à controladora durante o horizonte de rating”.
Além disso, a Fitch também cita seu forte modelo de negócios, sua diversificação geográfica, a rentabilidade moderada, o crescimento de seu Ebitda, a expectativa de redução de sua alavancagem bruta, que é um limitante para seu rating, e a sua abordagem consolidada com outros importante sfatores para sustentar sua nota.
Já com relação à elevação da perspectiva, a agência argumenta que ela reflete “a expectativa da Fitch de que a Ambipar implementará com sucesso sua atual estratégia de desalavancagem focando em crescimento orgânico, redução de dÃvida e melhora da eficiência operacional”.
“O forte desempenho no primeiro semestre de 2024 sustenta ainda mais o perfil de crédito e a capacidade de desalavancagem da empresa”, acrescenta.
Para confirmar a expectativa da Fitch e ter sua nota elevada, a Ambipar precisa que seu Ãndice dÃvida lÃquida/Ebitda e dÃvida bruta/Ebitda permaneçam abaixo de 3x e 4x, respectivamente, de forma sustentável, com sua margem Ebitda acima de 30% de forma contÃnua e com o indicador CFFO-investimentos/dÃvida positivo e de forma sustentável.
Já para ter a perspectiva rebaixada, ela precisaria apresentar uma relação dÃvida lÃquida/Ebitda e dÃvida bruta/Ebitda acima de 4x e 5x, respectivamente, de forma contÃnua, o Ãndice de cobertura de juros pelo Ebitda abaixo de 1,5x de forma sustentável, um enfraquecimento de sua liquidez e a deterioração de sua lucratividade, com as margens de Ebitda caindo abaixo de 22%.