A Fitch, uma das principais agências de classificação de riscos do mundo, retirou a Observação Negativa do rating do BRB (BSLI3; BSLI4), afirmando suas notas de crédito ‘B-‘ em escala global e ‘BBB+(bra)’ em escala nacional, com perspectiva ‘Negativa’.
De acordo com a agência, a remoção da Observação Negativa se dá após a instituição tomar medidas para aliviar as pressões sobre seus indicadores de capitalização.
“Em julho, foi aprovado aporte de capital de BRL294 milhões, com vigência nas demonstrações financeiras do terceiro trimestre de 2024, ainda não publicadas”, comenta.
“Além disso, uma parceria estratégica anunciada no mesmo mês deve impactar positivamente o capital do banco, enquanto os resultados principais também vêm apresentando tendência de melhora”.
A Fitch ainda destaca a intenção do banco de realizar um aumento de capital de até R$750 milhões no primeiro trimestre do ano que vem, o que, com as demais medida, “proporcionam à Fitch maior visibilidade em relação aos indicadores de capital do banco, os quais provavelmente melhorarão quando as medidas entrarem em vigor”.
Apesar disso, a atribuição da perspectiva ‘Negativa’ foi justificada pela agência de classificação de risco com base nos desafios de médio prazo que o BRB deve enfrentar com relação à sua capitalização, “uma vez que a agência acredita que haverá melhoras na geração de resultados — mantendo a estabilidade — e nenhum atraso nos esperados aportes de capital”.
“A Perspectiva também considera a propensão de o controlador prestar suporte ao BRB, o que é altamente influenciado pela presteza deste suporte, que foi adiado e manteve o capital principal regulatório do BRB em patamares baixos, tornando-o altamente sensível à violação dos mínimos regulatórios”, acrescenta.
Para ter sua nota de crédito rebaixada caso as medidas de otimização de capital, incluindo possíveis reduções de ativos ponderados por risco, não sejam bem-sucedidas ou se os resultados da instituição “se enfraquecerem significativamente” e desacelerem a melhora da geração de capital.
Já para ter sua perspectiva elevada, o BRB precisa apresentar mudanças positivas quanto à capacidade e à propensão de o GDF prestar suporte à instituição ou caso ela apresente uma reserva de CET1 maior em relação aos mínimos regulatórios, fornecendo, assim, mais alívio de capital.
“Com o tempo, os ratings poderão ser elevados, caso haja um claro caminho para a estabilização do modelo de negócios e para a rentabilidade básica sustentável, bem como se houver adequação da capitalização e das reservas”, acrescenta.