A Moody’s, uma das principais agências de classificação de riscos do mundo, anunciou, na última sexta-feira (12), que atribuiu nota de crédito ‘AA+.br’ para a JSL (JSLG3), com perspectiva ‘Estável’.
De acordo com a publicação, o rating reflete o sólido perfil de negócios da companhia e sua consolidada experiência no segmento de logística rodoviária, “que lhe atribuem fortes vantagens competitivas no setor”.
“A Companhia possui um portfólio integrado e diversificado de serviços, sendo a líder do segmento no Brasil em termos de faturamento. Ao mesmo tempo, incorporamos os fortes vínculos implícitos e explícitos, assim como elevado nível de importância da JSL para sua controladora Simpar S.A. (“Simpar”, AA+.br estável), bem como os benefícios que derivam de seu grupo controlador no que tange à aquisição de ativos, acesso a mercado e custos de financiamento competitivos”, afirma.
“Seu forte perfil de liquidez e comprovado acesso ao mercado de capitais também são fatores positivos ao rating”.
Por outro lado, a agência ponderou seu perfil financeiro agressivo e suas métricas de crédito pressionadas, incluindo seu nível de alavancagem, cobertura de juros e geração de fluxo de caixa livre (FCF), “resultantes de uma estratégia de rápido crescimento em meio a um setor de capital intensivo”, para definir sua nota.
Já a perspectiva ‘Estável’ reflete a expectativa da Moody’s “de que a Companhia manterá seu sólido perfil de negócios, entregando crescimento com foco no aumento de rentabilidade dos ativos existentes e diminuição de alavancagem consolidada”.
“Adicionalmente, reflete a expectativa de que a Companhia manterá uma gestão financeira prudente, com métricas de crédito com tendência de melhora e manutenção de forte liquidez”, acrescenta.
Para ter sua nota elevada, a JSL precisaria de uma elevação da nota de crédito da Simpar (SIMH3), além da necessidade de continuar apresentando um sólido perfil de negócios, “capturando ganhos de escala, ao mesmo tempo em que mantenha métricas de crédito adequadas e uma forte posição de liquidez”.
Por outro lado, para ser rebaixada, seria necessário um rebaixamento da sua holding “ou caso haja uma deterioração dos vínculos explícitos e implícitos entre as entidades”.
“O rating também pode ser rebaixado caso ocorra a piora de seu perfil de negócios e métricas de crédito, ou a deterioração de sua posição de liquidez”, acrescenta.