A Moody’s, uma das principais agências de classificação de riscos do mundo, atribuiu, na última sexta-feira (11), rating ‘AA.br’ para a PetroReconcavo (RECV3), com perspectiva ‘Estável’.
De acordo com a publicação, o rating reflete a alta eficiência operacional e os custos competitivos da companhia, “suportado pelo seu perfil de negócios verticalizado, com bom histórico de execução na recuperação de campos maduros onshore“.
“Ao mesmo tempo, incorpora o histórico de prudente gestão financeira da Companhia, mantendo patamares saudáveis de alavancagem bruta e cobertura de juros”, acrescenta.
“Seu forte perfil de liquidez, com geração de caixa operacional robusta e cronograma de dívida alongado, também são fatores positivos ao rating”.
Por outro lado, a agência destaca que a nota de crédito atribuída à PetroReconcavo também incorpora sua menor base de ativos e volume de produção, quando comparada com seus pares no mercado brasileiro, além de sua alta exposição a um “setor de capital intensivo com natureza volátil intrínseca de preços”.
“Ponderamos também, a elevada concentração e dependência de estruturas de terceiros para o processamento e escoamento de sua produção, que expõe a Companhia a riscos de indisponibilidade”, pontua.
“A dependência de aquisições para crescimento substancial do nível de produção, atrelado à manutenção do nível de reservas, é outro fator relevante considerado em nossas análises”.
Para ter sua nota de crédito elevada, a agência explica que a companhia precisaria apresentar um crescimento no volume produzido “de maneira sustentável” para níveis próximos a 40 mil barris de óleo equivalente (boe) por dia, além de manter um nível de reservas estável, sua alavancagem bruta (dívida bruta/Ebitda) abaixo de 2,0x e cobertura de juros ajustada (EBIT/despesa financeira) acima de 3,0x.
Por outro lado, para ser rebaixada, ela precisaria apresentar um enfraquecimento operacional, “de modo que haja deterioração na rentabilidade e na geração de fluxo de caixa operacional”.
“Quantitativamente, os ratings poderão ser rebaixados caso a alavancagem bruta ajustada (dívida bruta/EBITDA) fique acima de 3,0x; a cobertura de juros ajustada (EBIT/despesa financeira) fique abaixo de 2,0x, de maneira sustentada; ou a geração de fluxo de caixa livre seja negativa sem perspectivas de recuperação”, explica.
“Ainda, a deterioração da posição de liquidez e/ou uma política financeira mais agressiva também afetariam os ratings negativamente”.