A Standard&Poor’s (S&P), uma das principais agências de classificação de riscos do mundo, atribuiu, na última sexta-feira (4), à Dimed (PNVL3) o rating local ‘brAA’, com perspectiva ‘Estável’.
De acordo com o comunicado, a nota é sustentada pelo seu “crescimento historicamente estável de receita e alavancagem controlada”.
A agência espera que a companhia “continue apresentando crescimento dos volumes de vendas e das margens”.
“Como resultado, esperamos um a desalavancagem gradual da empresa nos próximos anos , enquanto mantém seu plano de expansão”, afirma a publicação.
“Estimamos que a receita líquida do Grupo Panvel seja de aproximadamente R$ 4,9 bilhões , com margem EBITDA de cerca de 7,6%em 2024”.
Ainda assim, o comunicado destaca que a companhia “tem apresentado uma certa pressão em seu perfil de liquidez, comum a concentração de dívidas vincendas no curto prazo, que devem ser amortizadas com recursos de novas emissões no mercado local”.
“Ainda, esperamos que o Grupo Panvel apresente maior alavancagem em 2024, com índice de dívida bruta ajustada sobre EBITDA em torno de 3,0x e caindo para 2,0x-2,5x em 2025-2026”, acrescenta.
Com relação à perspectiva ‘Estável’, a agência afirmou que ela reflete a visão de que a companhia deve dar continuidade à trajetória de recuperação das métricas de crédito, apresentando um aumento gradual de suas margens e desalavancagem, além de um crescimento orgânico em sua rede de lojas.
“Estimamos índice de dívida bruta ajustada sobre EBITDA próximo a 3,0x em 2024 e 2,4x em 2025, com margem EBITDA entre 7,5%-8,5% e FOCF positivo”, afirma.
Para ter sua nota elevada nos próximos 12 a 18 meses, a companhia precisa reportar margens maiores em relação à média do setor, “beneficiando-se de ganhos de escala advindos da expansão da rede de lojas enquanto gera fluxos de caixa positivos e crescentes, bem como um processo de desalavancagem mais acelerado”.
Por outro lado, para ser rebaixada, ela precisa adotar uma estratégia de crescimento “mais agressiva”, que seja financiada por dívida e não acompanhada por sua geração de caixa, o que afetaria sua capacidade de expandir as margens.
“Ainda, um a ação de rating negativa poderia resultar de pressões materiais de liquidez”, acrescenta a agência.