O BTG Pactual publicou ontem (2) um relatório em que atualiza suas estimativas para as ações da JBS (JBSS3).
Os analistas Thiago Duarte, Guilherme Guttilla e Bruno Lima, que assinam o relatório, destacam a recente notícia que o BNDES planeja vender uma parte significativa de suas ações da companhia.
“Embora os players do mercado geralmente evitem a incerteza, às vezes ela pode apresentar oportunidades”, afirma o trio.
“Nesse caso, acreditamos que o excesso de incerteza é um dos principais fatores por trás do recente desempenho inferior das ações da JBS, criando potencialmente um ponto de entrada atraente”.
Essa perspectiva positiva sobre o assunto é sustentada pela nova revisão para cima que eles fizeram das estimativas para os números da companhia, influenciada pelo guidance recém divulgado por ela.
“Projetamos agora um EBITDA de R$35 bilhões para 2024, alinhado com o ponto médio de seu guidance (8% acima de nossas estimativas anteriores e 6% acima do consenso), impulsionado por melhores expectativas para os negócios de
aves (PPC e Seara)”, comentam.
Além disso, eles acreditam que com a robusta geração de caixa que a JBS tem apresentado, “mesmo que a pressão impacte o desempenho das ações no curto prazo, o risco de queda parece limitado, e o carrego continua atraente”, já que a companhia segue seu plano de desalavancagem e tem o compromisso de retornar parte do seu fluxo de caixa aos acionistas.
Para eles, essa intenção fica evidenciada “pelo forte dividendo após os resultados do 2T e o recente anúncio do plano de recompra de R$3,6 bilhões, totalizando R$8,0 bilhões em anúncios de retorno aos acionistas apenas neste ano”.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações (JBSS3), única do setor, e elevaram seu preço-alvo de R$47,00 para R$48,00, com potencial de ganho de 45,23% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$33,05.