A XP publicou ontem (2) um relatório em que atualiza suas premissas para as ações da Vale (VALE3).
De acordo com os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano, que assinam a publicação, a perspectiva para o minério de ferro segue “pouco inspiradora”, com eles projetando que seus preços devem ficar em US$95 por tonelada no ano que vem, caindo para US$85 por tonelada à partir de 2027.
“Embora o pacote fiscal [chinês] deva ajudar os desenvolvedores a concluir projetos em andamento, o foco está principalmente na aceleração da redução de estoques habitacionais e na finalização de obras, com efeitos ligeiramente positivos sobre a demanda incremental de aço, enquanto a demanda do setor imobiliário permanece incerta”, afirmam.
Na visão do trio, esse é “o principal detrator da narrativa de equity da Vale”.
Apesar disso, no cenário micro, eles destacam alguns pontos positivos, como a conclusão do processo de mudança na alta administração da companhia e o acordo final referente ao desastre de Mariana, “juntamente com um desempenho operacional positivo”.
“Além disso, o ajuste do guidance de produção de minério de ferro para níveis mais realistas (e mais altos), enquanto se entrega a redução de custos caixa, indica uma perspectiva relativa melhor para a narrativa micro”, acrescentam.
Considerando tudo isso, eles optaram por rebaixar suas ações (VALE3) de “Compra” para “Neutra”, estabelecendo um novo preço-alvo para suas ações de R$66,00, com potencial de ganho de 12,02% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$58,92.