A Natura (NTCO3) anunciou ontem (4) que o acordo da companhia e o Comitê Oficial de Credores Quirografários dos Devedores da Avon e a venda das operações da Avon fora dos EUA para a empresa por meio de uma oferta de crédito de US$125 milhões foi aprovada pela corte que trata do assunto.
Com o avanço no processo de falência Chapter 11, que corre nos Estados Unidos e é semelhante a uma recuperação judicial no Brasil, a companhia afirmou que vai retomar suas análises em torno de “alternativas estratégicas” para a Avon.
De forma geral, os analistas consideraram o anúncio positivo para a companhia.
Para o Bradesco BBI, a informação reduz o risco da tese de investimentos da companhia.
“A decisão de hoje confirma o resultado mais positivo (nossa nota da semana passada aqui) do movimento estratégico previamente antecipado da Natura&Co – que agora é oficialmente e efetivamente capaz de limitar passivos relacionados aos credores da Avon e avançar seus esforços de simplificação corporativa”, afirmam os analistas da instituição, em relatório.
“As principais áreas de foco agora incluem (i) a próxima rodada de simplificação corporativa com uma potencial venda, cisão ou parcerias para a Avon International, (ii) conclusão da integração da Avon na América Latina e (iii) normalização dos fundamentos da Natura&Co pós-simplificação corporativa”.
Dessa maneira, eles mantiveram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (NTCO3), com preço-alvo de R$20,00, com potencial de ganho de 39,76% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$39,76.
O time de análises da XP também considerou o anúncio positivo, afirmando que ele superou as expectativas iniciais, “, já
que o pagamento em dinheiro (US$ 34 milhões) está próximo da proposta original, com a Avon Internacional permanecendo com a Natura, como esperado”.
“No entanto, acreditamos que isso ainda pode ser endereçado, com nosso cenário base considerando a venda deste ativo pela NTCO até o final de 2025”, acrescentam os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam a publicação.
O trio projeta que, com a conclusão do projeto, além de um P&L mais leve, ela também contará com um modelo de negócios “muito mais limpo”.
“Além disso, permanecemos otimistas com a implementação da Onda 2 e o aumento dos investimentos em P&D, o que deve suportar resultados sólidos na NTCO na América Latina”, pontuam.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (NTCO3), com preço-alvo de R$19,00, com potencial de ganho de 32,77%.
