A XP publicou ontem (22) um relatório em que traz ajustes em seu modelo de análise da Azzas 2154 (AZZA3).
A publicação, assinada pelos analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, foca em três temas, considerados por eles os “principais debates dos investidores”.
O primeiro deles é a perspectiva de crescimento estrutural da companhia.
O trio projeta que a Azzas 2154 deve ter um crescimento de vendas médio de 8% entre 2024 e 2034, “com crescimento da receita em níveis de um duplo dígito baixo em 2025-26 e convergindo para um dígito médio a alto”.
Com relação às margens da companhia, o time de análises se concentrou no que considera ser “as principais alavancas para apoiar a expansão da margem EBITDA, ou seja, as eficiências de G&A, otimização de portfólio e alavancagem operacional”.
“Em nosso modelo, incorporamos economias de 10% a serem entregues em 2 anos, enquanto estimamos que cada 1p.p. adicional no crescimento das vendas acrescenta ~0,15p.p na margem EBITDA e ~3p.p. no lucro líquido”, afirmam.
Já com relação ao imposto que será cobrado da companhia, eles mantiveram uma abordagem mais conservadora com relação às subvenções do ICMS, levando em consideração, também, os benefícios de JCP.
“No entanto, observamos que os impostos caixa da empresa devem ser muito menores, dada a amortização do ágio da Hering. Considerando os impostos com efeito caixa, nosso P/L para 2025 cairia para ~8x”, ponderam.
Dessa maneira, o trio acredita que o cenário projetado hoje pelo mercado é “pessimista”, com a receita crescendo entre 6% e 9% e a margem Ebitda ajustada ficando entre 16% e 14,5%, algo considerado “muito pouco provável” por eles.
Com o novo modelo, os analistas reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações, mas ajustaram o seu preço-alvo para o fim do ano que vem para R$65,00, de R$70,00 anteriormente, baseado numa redução de 13% nas estimativas para o lucro líquido da companhia no ano que vem.
O novo preço-alvo tem potencial de ganho de 61,57% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$40,23.