O Safra publicou um relatório ontem (30) em que atualiza suas perspectivas para o BB Seguridade (BBSE3).
De acordo com a publicação, assinada por Daniel Vaz, Silvio Dória e Maria Luisa Guedes, as perspectivas para o setor agro do país melhoraram.
“Com base em nosso monitoramento, parece que as condições climáticas, que têm sido a principal fonte de preocupação até agora, têm melhorado gradualmente, permitindo que os agricultores comecem a plantar, especialmente soja na Região Centro-Oeste do Brasil”, afirma o trio.
“Como resultado, os níveis de plantio, que estavam de fato abaixo do ritmo histórico algumas semanas atrás, aceleraram e alcançaram esta semana”.
Nesse contexto, eles acreditam que os empréstimos via capital de giro relacionados à safra, bem como as perspectivas para a emissão de prêmios rurais devem melhorar no quarto trimestre deste ano.
Olhando para as ações do Banco do Brasil (BBAS3) e do BB Seguridade (BBSE3), eles destacam que, o recente desempenho apresentado foi ocasionado pela atividade rural decepcionante, o que deve se inverter agora.
“No entanto, embora ambas as ações tenham caído simultaneamente, elas não devem tender a subir no mesmo ritmo, em nossa opinião”, pondera o trio.
“Embora o BBAS [Banco do Brasil] ainda possa enfrentar problemas de provisão relacionados à renovação do portfólio de crédito rural, a principal implicação para o BBSE [BB Seguridade] consiste em uma desaceleração no GWP de curto prazo — mais especificamente, na linha de seguro de safra, que não é um grande impulsionador de lucros, já que a maioria dos prêmios é ressegurada”.
Traçando uma visão mais positiva para o caminho do BB Seguridade, os analistas elevaram suas perspectivas para os números que a instituição deve apresentar tanto neste ano quanto no ano que vem, com eles projetando um crescimento anual de 8% no seu lucro líquido.
“Esperamos uma boa proteção para o EPS de 2025, pois já estamos sendo muito conservadores nas previsões de crescimento de prêmios emitidos com expansão de +5% YoY [comparativo anual], dos quais +3% no segmento rural em comparação com a projeção de safra da CONAB de 8% YoY [comparativo anual]”, afirmam.
“Além disso, em meio a um ambiente de taxas em alta, a ação se destaca como defensiva, tendo em vista o impacto positivo de R$ 100 milhões no lucro líquido para cada aumento de +100 bps [pontos-base – 1,00 ponto percentual] na taxa Selic média no ano”.
Dessa maneira, eles elevaram a recomendação de suas ações (BBSE3) de “Neutra” para Outperform, equivalente a “Compra” e seu preço-alvo para os próximos 12 meses passou a R$43,00, com potencial de ganho de 24,64% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$34,50.