A XP publicou, na noite de ontem (27), um relatório em que atualiza suas perspectivas para o BTG Pactual (BPAC11), incorporando os resultados recentes e as previsões macroeconômicas de seus analistas.
De acordo com Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam o relatório, o banco tem o potencial de continuar crescendo daqui para a frente, “mas será necessário implementar mudanças à medida que ele cresce”.
Olhando para o mercado de capitais, o trio se questiona se a tendência positiva irá se confirmar no segundo semestre, já que não observaram um aumento na atividade até o momento.
“A recente interrupção do ciclo de corte das taxas de juro poderá representar um revés para uma grande recuperação. As incertezas na frente fiscal também podem impactar negativamente as entradas de capital, tanto de investidores nacionais quanto estrangeiros”, afirmam.
“Diante disso, continuamos cautelosos com a parte cíclica das receitas do BTG”.
Apesar disso, eles admitem que o banco tem uma trajetória de crescimento inquestionável, baseada em um tripé composto por gestão patrimonial, empréstimos corporativos e juros, o que “mitiga” eventuais impactos negativos que a parte da receita cíclica pode sofrer.
“Essas diferentes fontes de receita trazem diversificação e resiliência ao banco. Embora não acreditemos que o BTG esteja reduzindo seu apetite ao risco e mudando sua estratégia, esse movimento mitiga sua dependência do componente cíclico para o sucesso financeiro da empresa”, acrescentam.
A perspectiva de se apresentar como uma instituição maior, como pretendem os executivos do banco, levantam dúvidas nos analistas sobre a manutenção deste tripé e, principalmente, da cultura organizacional “única” do BTG.
Sendo assim, eles optaram por mante recomendação “Neutra” para suas units (BPAC11), com preço-alvo de R$41,00 para o final do ano que vem, com potencial de ganho de 13,79% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$36,03.