O BB Investimentos publicou, na semana passada, um relatório em que atualiza suas perspectivas para a CSN (CSNA3).
De acordo com a analista Mary Silva, que assina a publicação, essa atualização incorpora, além dos resultados recentemente divulgados pela companhia, novas premissas macroeconômicas e, também, para o setor.
A publicação destaca o otimismo da CSN com relação à recuperação de suas margens de siderurgia nos próximos trimestres, mesmo diante de um ambiente competitivo ainda bastante impactado pelas elevadas importações.
Silva afirma que, apesar do otimismo, “o cenário ainda é bastante desafiador e o ritmo de incremento das margens deve permanecer lento”.
Com relação ao segmento de mineração, a analista comenta que “as incertezas com relação ao cenário para minério de ferro no curto prazo e a forte oscilação no desempenho operacional da CSN Mineração podem limitar seus resultados nos próximos trimestres”.
“Por outro lado, o segmento de cimento tem se mostrado resiliente, com crescimento de volumes e captura de sinergias pelas aquisições realizadas nos últimos anos”, pondera.
Com relação à sua alavancagem, Silva nota que a dívida bruta da companhia atingiu seu maior patamar histórico no terceiro trimestre deste ano, totalizando R$54,5 bilhões, ainda que a relação entre a dívida líquida e o seu Ebitda tenha permanecido praticamente estável em 3,34x.
“Além do recebimento do caixa da venda de participação na CMIN (R$ 4,4 bilhões em 12/11), há outras iniciativas em andamento que poderão contribuir para a redução dos níveis de endividamento e alavancagem, como a busca de um parceiro para o segmento de energia, que a companhia espera ser concluída ainda neste ano”, comenta.
“Por outro lado, as negociações para a aquisição da InterCement continuam, e o acordo de exclusividade da CSN foi prorrogado novamente no último dia 19/11. Segundo a empresa, o motivo pelo qual a operação ainda não foi concluída é a busca de uma estrutura de capital para a transação de forma a não prejudicar a alavancagem do grupo”.
Dessa maneira, a analista afirmou preferir manter “cautela” com a empresa e, por isso, manteve recomendação “Neutra” para suas ações (CSNA3), revisando seu preço-alvo de R$15,40 para R$13,80 para o ano que vem, com potencial de ganho de 24,21% quando comparado com o seu fechamento de sexta-feira (22), a R$11,11.