Os herdeiros da família Diniz estão estudando a possibilidade de vender sua participação no Carrefour (CRFB3), segundo informações do colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo.
A questão, porém, é o momento que a venda será consumada, já que as ações do grupo, negociadas na França, caíram 16% nos últimos 12 meses, enquanto as negociadas aqui despencaram 46,5% no período.
Atualmente, a Península, holding da família Diniz, é a maior acionista do Carrefour, com 7,2% das ações no Brasil (em torno de R$880 milhões) e 8,06% do capital listado na bolsa de Paris (em torno de 720 milhões de euros ou, na cotação atual da moeda, R$4,4 bilhões).
Para os analistas do JP Morgan, a venda adiciona um risco significativo às ações da companhia.
Isso porque, além de, no mercado, ela criar uma pressão de liquidez relevante, já que a totalidade de suas ações equivalem à soma de 9 dias de negociações, em média, ela também pode impactar do ponto de vista estratégico, já que poderá afetar a independência da operação brasileira com relação à francesa.
Sendo assim, o banco optou por manter recomendação “Neutra” para suas ações (BRFB3).
Da mesma maneira, a XP considera a possível saída negativa.
“Se confirmado, vemos a notícia como negativa, pois adiciona uma pressão importante sobre a CRFB3, enquanto consideramos Abilio como um acionista chave da empresa, dada sua expertise na indústria”, afirmam os analistas Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Sumer, que assinam a publicação.
A XP tem recomendação “Neutra” para as ações da companhia (CRFB3), com preço-alvo de R$11,00, com potencial de ganho de 89,66% quando comparado com o fechamento de sexta-feira, a R$5,80.