A Embraer (EMBR3) divulgou, na noite de ontem (7), seu relatório operacional trimestral referente ao quarto trimestre do ano passado.
A companhia entregou 75 aeronaves no perÃodo, quantidade superior aos 59 entregues nos três meses anteriores e mesmo volume registrado no quarto trimestre de 2023. Foram 31 aviões do segmento comercial e 44 de aviação executiva.
Em 2024, foram entregues 206 aviões, alta de 14% quando comparado com as 181 entregas feitas no ano anterior.
As 73 entregas de aeronaves comerciais chegou ao teto do guidance da companhia, que era de 70 a 73 para o segmento, enquanto o segmento executivo teve 130 entregas, permanecendo no meio da faixa estimada para o perÃodo.
Além disso, a companhia ainda entregou 3 cargueiros C-390 Millennium em 2024, ante 2 entregas feitas em 2023.
O resultado foi bem recebido pelos analistas.
O Citi gostou do desempenho apresentado, classificando-o como sólido, e manteve sua recomendação Outperform, equivalente a “Compra” para as ADRs da companhia, negociadas em Nova York.
O time de análises do Bradesco BBI também se mostrou satisfeito com o resultado.
“Primeiro, com as entregas do 4T24, a empresa atingiu o limite superior de sua orientação atualizada de entrega de aeronaves comerciais de 70-73 aeronaves e o ponto médio de sua orientação de entrega de 125-135 aeronaves executivas para 2024. Além disso, notamos que a Embraer também atingiu sua orientação original de entrega de aeronaves de 72-80 aeronaves comerciais e 125-135 jatos executivos”, comentaram.
“Em segundo lugar, as 6 entregas extras de aeronaves comerciais para 31 unidades no 4T24 de 25 no 4T23 indicam uma melhora na taxa de produção, mesmo se levarmos em consideração uma mistura mais benéfica em termos de taxa de produção com 35% de jatos E175 no 4T24, contra 28% no 4T23”.
Para eles, esse pode ser outro sinal de melhora gradual na cadeia de suprimento para OEMs de aeronaves.
Sendo assim, eles reiteraram recomendação Outperform, equivalente a “Compra” para suas ADRs.
Já a XP classificou os números como “ligeiramente positivos”.
“Embora gargalos relacionados à cadeia de suprimentos continuam tendo um efeito negativo na indústria aeroespacial em todo o mundo, vemos as entregas da Embraer para o ano fiscal de 2024 como ligeiramente positivas, com a empresa capaz de atingir seu guidance para as divisões comercial (mesmo dentro do intervalo original) e executiva”, afirmaram Lucas Laghi, Fernanda Urbano e Guilherme Nippes, analistas que assinam a publicação.
Apesar disso, o trio manteve recomendação “Neutra” para suas ações (EMBR3), com preço-alvo de R$45,00, cerca de 22,5% inferior ao fechamento de ontem, a R$58,05.