A B3 (B3SA3) publicou ontem (9) seus resultados operacionais de Setembro.
A companhia reportou volume financeiro médio diário no mercado à vista de R$22,1 bilhões, queda de -1,70% quando comparado com o mesmo mês do ano passado e de -17,90% quando comparado com Agosto.
Levando em consideração também as operações a termo e opções, o montante movimentado foi de R$23 bilhões, queda anual de -1,2% e mensal de -18,30%.
Em derivativos, o volume médio diário negociado cresceu 14,90% em um ano, chegando a 6.486 mil contratos negociados, com destaque para os contratos juros futuros e de dólar futuro, que registraram alta anual de 17,6% o volume negociado.
No mercado de renda fixa, o estoque de novas emissões cresceu 13,30% em comparação a Setembro de 2023, para R$1,59 trilhão, com o estoque geral registrando alta de 26,4%, para R$7,31 trilhões.
Outro destaque positivo foi o crescimento no número de investidores individuais, que atingiu 5.214.249, alta anual de 7,4% e mensal de 0,8%.
Para a XP, o resultado foi ligeiramente mais fraco do que o esperado, “frustrando a expectativa de um aumento nos volumes médios negociados no 2S24”.
Com relação aos números do mercado à vista, os analistas Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam o relatório, pontuam que a “queda poderia ter sido ainda maior se não fosse pelo segmento de fundos listados, que atingiu o maior ADTV de todos os tempos (~R$ 436 milhões)”.
“Apesar dos números mais fracos em ações à vista, observamos alguns sinais positivos em renda fixa (+13,3% em relação ao ano anterior) e derivativos (+36,4% em relação ao ano anterior)”, ponderam.
De forma geral, o trio afirmou que os resultados de Setembro indicam “que o terceiro trimestre continuou a apresentar volumes fracos, o que deve continuar a pressionar a parte listada da receita da B3 no 3T24”.
“Em sÃntese, apesar das melhorias mostradas pela empresa nos últimos trimestres (por exemplo, controle de custos), esperamos que o momentum das ações da B3 permaneça pressionado, uma vez que o ciclo de aumento das taxas de juros domésticas pode afetar negativamente os aportes financeiros futuros e o apetite dos investidores por tÃtulos”, pontuam.
Dessa maneira, eles optaram por reiterar recomendação “Neutra” para suas ações (B3SA3) e manter o preço-alvo de R$14,00, com potencial de ganho de 31,09% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$10,68, já que não veem “nenhum gatilho de curto prazo para a ação”.