A Embraer (EMBR3) publicou, na última sexta-feira (18), seus dados operacionais referentes ao terceiro trimestre do ano.
A companhia entregou 57 aeronaves no período, alta de 33% em comparação a um ano antes e de 24% quando comparado com o segundo trimestre de 2024.
A repartição de Aviação Comercial entregou 16 jatos, enquanto a Aviação Executiva fez a entrega de 41 aeronaves e Defesa & Segurança fez 2 entregas de aeronaves C-390 Millenium, sendo a primeira para a Hungria e a sétima para o Brasil.
Sua carteira de pedidos cresceu 25% em comparação ao terceiro trimestre de 2023 e 10% no comparativo trimestral, para US$22,7 bilhões, o maior patamar dos últimos nove anos.
O resultado foi bem recebido pelos analistas.
Para o time de análises do Bradesco BBI, o resultado foi positivo.
Em relatório, a instituição destaca que a meta da companhia de entregar entre 125 e 135 aeronaves executivas é mais fácil de ser atingida do que a meta de entregar 72 a 80 aeronaves comerciais, o que causou uma revisão de suas projeções para o ano.
“Também esperamos que a Embraer cumpra os aspectos financeiros de sua orientação para 2024 (ou seja, receitas de US$ 6 bilhões a US$ 6,5 bilhões, uma margem EBIT ajustada de 6,5% a 7,5% e fluxo de caixa livre acima de US$ 220 milhões)”, acrescentou.
“Nossa redução de -22% nos lucros líquidos de 2024 decorre da liquidação da indenização da Boeing em US$ 150 milhões, abaixo de nossa estimativa de US$ 300 milhões, conforme discutido no relatório ‘Indenização de US$ 150 milhões da Boeing'”.
O BBI tem recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para as ADRs da companhia.
A XP também gostou do resultado, afirmando que os números apresentados foram “positivos”.
“A Embraer registrou números operacionais gerais positivos para o 3T24, com ritmo acelerado de entregas na Divisão Executiva como principal destaque positivo, em nossa visão (+46% A/A, com entregas de 9M24 de 86 unidades já representando 66% do valor médio de guidance de 2024)”, afirmam os analistas Lucas Laghi, Fernanda Urbano e Guilherme Nippes, que assinam o relatório.
Com relação ao segmento de aviação comercial, o trio afirma que ainda que reconheça o ramp-up contínuo do lado dos E2s, principal impulsionador da divisão, “as entregas progrediram em um ritmo mais lento (potencialmente atrasadas por gargalos na cadeia de suprimentos), com 30-38 entregas implícitas para o 4T24, considerando o guidance de 72-80 da Embraer para 2024E (vs. 25 no 4T23)”.
Isso sugera, na visão deles que “os valores consolidados para este ano podem estar mais próximos do limite inferior do guidance“.
Já com relação à carteira de pedidos, eles destacam a performance do segmento de Defesa & Segurança, “particularmente considerando os nove C-390 assinados com a Holanda e a Áustria durante o Farnborough Airshow”, suportando um crescimento de 7% no comparativo trimestral.
A XP tem recomendação de “Compra” para as ações da companhia, com preço-alvo de R$45,00, 6,21% abaixo do preço de fechamento da última sexta-feira, a R$47,98.