A Ambev (ABEV3) divulgou, hoje (31) pela manhã, seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro lÃquido de R$3,566 bilhões no perÃodo, queda de 11,2% em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, pressionado pelas despesas com imposto de renda no Brasil.
Apesar disso, seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado “reportado” avançou 7,3% enquanto o “orgânico” subiu 8,5% em comparação a um ano antes, para R$7,063 bilhões, impulsionado pelo desempenho da divisão de América Central e Caribe, que registraram alta de 17,7%, América Latina Sul, que subiu 9,0% e Brasil, que cresceu 7,8%.
Sua receita lÃquida apresentou alta “reportada” de 8,8% e “orgânica” de 4,9% no comparativo anual, para R$22,096 bilhões, puxada pelo aumento da receita lÃquida por hectolitro (ROL/hl), que subiu 5,5%.
Para o time de análises da XP, o resultado da companhia foi fraco.
“O desempenho superior das marcas premium e core plus não foi suficiente para compensar o cenário competitivo mais difÃcil no mainstream, levando a receita lÃquida/hl da AmBev (ABEV3) a ficar abaixo da inflação (+2,9% A/A e -1,1% vs. XPe), também negativamente afetada por impostos mais altos”, comentaram os analistas Leonardo Alencar, Pedro Fonseca e Samuel Isaak, que assinam o relatório da instituição.
“No Internacional, a indústria em declÃnio da LAS arrastou o volume consolidado para baixo, e o Canadá, com uma indústria fraca, é desanimador, embora o sólido desempenho do CAC tenha sido uma constante”.
Eles acrescentam que o resultado, atrelado aos “ventos favoráveis de COGS que parecem estar chegando ao fim, deve levar a uma visão negativa” por parte do mercado.
Dessa maneira, o trio manteve recomendação “Neutra” para suas ações (ABEV3), com preço-alvo de R$13,90, com potencial de ganho de 7,50% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$12,93.
Por outro lado, o time de análises do BB Investimentos considerou o resultado “ligeiramente positivo”.
“Apesar dos segmentos Brasil e CAC terem reportado números mais fracos do que as nossas estimativas em termos de crescimento de volume, vimos surpresas positivas nos segmentos LAS e Canadá, para os quais esperávamos retrações mais fortes em termos de volume”, afirma a analista Georgia Jorge, que assina a publicação.
“No geral, entendemos que, na comparação anual, o resultado do 3T24 não teve brilho, com a companhia reportando retração de volume, de margem EBITDA e de margem lÃquida”.
Com isso, a analista manteve recomendação de “Compra” para suas ações (ABEV3), com preço-alvo de R$16,00 para o fim do ano que vem, com potencial de ganho de 23,74%.
Da mesma maneira, o Citi considerou o resultado positivo, afirmando que a companhia apresentou tendências operacionais sólidas no perÃodo, com a margem Ebitda de cerveja no Brasil superando as estimativas de seus analistas.
Com isso, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (ABEV3), com preço-alvo de R$15,50, com potencial de ganho de 19,88%.