A Assaí (ASAI3) divulgou, na noite de ontem (8), seu balanço referente ao segundo trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido de R$123 milhões, queda de 21,1% quando comparado com um ano antes. No critério que desconsidera o IRFS16/CPC 06, o lucro foi de R$165 milhões, recuo anual de 5,2%.
Ela afirmou que processo de maturação das lojas novas e a despesa financeira associada a estas unidades, assim como as restrições das novas regras para utilização da subvenção para investimentos impactaram em seu resultado.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado avançou 15,7% em um ano, para R$1,29 bilhão, com sua margem Ebitda crescendo 0,2 ponto percentual, para 7,2%.
Sua receita avançou 11,8% quando comparada com o mesmo trimestre de 2023, para R$17,87 bilhões.
Para o Citi, os números apresentados ficaram “ligeiramente abaixo” do esperado.
Apesar disso, os analistas João Pedro Soares e Felipe Reboredo destacaram o crescimento de sua margem bruta.
“A gerência citou a maturação de novas unidades e uma melhor estratégia comercial como os impulsionadores por trás dessa expansão da margem bruta”, comentaram.
A dupla também chamou a atenção para o fato de que “as expectativas de crescimento mais baixas e as despesas financeiras ainda altas podem levar a revisões de lucros para baixo” e para o fato de que, mesmo com a desalavancagem gradual que a companhia tem apresentado, ela segue alta.
Apesar disso, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (ASAI3), com preço-alvo de R$15,50, com potencial de ganho de 48,33% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$10,45.
O Bradesco BBI classificou os resultados como neutros, “amplamente conforme o esperado no nível operacional, com o destaque positivo sendo a ligeira expansão do EBITDA, apesar das inaugurações e investimentos em serviços”.
“A discussão sobre participação de mercado continua em destaque, com a empresa transmitindo ganhos de participação de mercado entre abril e maio, enquanto a mudança do Carrefour para oferecer parcelas de 3 meses pode prejudicar o ROIC do setor – um ponto-chave que continuaremos monitorando”, pontua.
“Por fim, a alavancagem continua sendo outro ponto-chave a ser observado, pois as taxas de juros continuam pressionando os resultados financeiros”.
Além disso, os analistas da instituição destacam a estratégia da companhia de “proteger seu caixa”, focada em atingir o seu guidance de dívida líquida/Ebitda de 3,2x ao fim do ano, o que, na visão deles, “é a abordagem correta”.
Com isso, eles mantiveram recomendação “Outperform”, equivalente a “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$18,00 para o fim do ano que vem, com potencial de ganho de 72,25%.
Já a XP classificou o resultado da companhia como “misto”.
Danniela Eiger, Gustavo Senday e Laryssa Summer, analistas que assinam o relatório, destacaram a desaceleração das vendas em mesmas lojas e a expansão da margem bruta, “devido a maturação da expansão do parque de lojas”.
“A rentabilidade foi um destaque, com a margem bruta subindo 0,50p.p a/a, se beneficiando de melhores condições comerciais e da maturação do parque de lojas, enquanto a margem EBITDA ajustada (IFRS) aumentou 0,20p.p a/a, impactada por maiores despesas com vendas, possivelmente associadas a custos de aluguel mais altos”, afirmaram.
Sendo assim, o trio manteve recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$19,00, com potencial de ganho de 81,82%.