O BB Seguridade (BBSE3) divulgou, ontem à noite, seu balanço referente ao quarto trimestre de 2024.
A instituição teve lucro líquido ajustado de R$2,173 bilhões, alta de 5,8% quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Em comparação aos três meses antecedentes, porém, o resultado é 4% inferior.
De acordo com o BB, o crescimento anual foi ocasionado pela maior contribuição da Brasilseg e da BB Corretora, que avançaram R$118,2 milhões e R$74,5 milhões, respectivamente.
Para a Genial, o resultado foi “neutro”, não trazendo surpresas.
“Do lado positivo, a vertical de Seguros segue se beneficiando do cenário de juros elevados, que impulsionou a receita financeira em sua carteira majoritariamente pós-fixada, além de ter apresentado uma sinistralidade baixa, contribuindo para o avanço do lucro na vertical”, afirmam os analistas Eduardo Nishio, Henrique Alhante, Luis Degaspari e Luis Assis, que assinam a publicação.
“O trimestre foi impactado pelo desempenho fraco da unidade de Previdência, pressionada pelo resultado financeiro abaixo do esperado e pela constituição de novas provisões técnicas”.
Olhando à frente, o quarteto projeta “uma recuperação nos prêmios emitidos pela unidade de seguro após um fraco desempenho em 2024”.
“Além disso, acreditamos que o principal motor do ano será o resultado financeiro, favorecido pelo cenário de juros elevados, que beneficia as unidades de seguros e capitalização, ambas com carteiras majoritariamente pós-fixadas”, acrescentam.
Com relação ao guidance para 2025, divulgado junto com o resultado, a perspectiva de lucro de R$9,04 bilhões no ano está “um pouco acima” das estimativas do time de análises da Genial e com o consenso do mercado.
Dessa maneira, eles reiteraram recomendação de “Compra” para suas ações (BBSE3), com preço-alvo para os próximos 12 meses de R$46,00, com potencial de ganho de 21,05% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$38,00.
“Enxergamos BB Seguridade (BBSE3) como um ativo defensivo, com dividend yield atrativo de 10,5% em 2025e e múltiplos negociando a 8,3x P/L 2025e, oferecendo um bom equilíbrio entre crescimento moderado, dividendos e rentabilidade”, concluem.