O BTG Pactual (BPAC11) divulgou, nesta segunda-feira (10), seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado.
A instituição reportou lucro lÃquido de R$3,28 bilhões, alta de 15% quando comparado com o mesmo perÃodo de 2023.
O resultado foi respaldado no crescimento de 19% de suas receitas totais, que atingiu R$6,73 bilhões, apesar do cenário macroeconômico desafiador.
“Nossa capacidade de expandir os retornos nesse cenário desafiador demonstra nosso modelo de negócios diversificado”, afirma o banco.
O retorno sobre o patrimônio lÃquido médio (ROAE) do BTG foi de 23% nos três últimos meses do ano, queda de 0,4 ponto percentual. Apesar disso, o ROAE no ano atingiu 23,1%, cumprindo o seu guidance e superando os 22,7% de 2023.
“Estamos confiantes em nossa capacidade de impulsionar o crescimento sustentado e expandir o ROAE”, comentou a instituição, no release de resultados.
“Continuamos altamente otimistas quanto ao sucesso contÃnuo de nosso modelo de negócios”.
Para o Citi, o resultado foi positivo, com o BTG entregando números sólidos nos últimos três meses do ano.
O destaque para seus analistas ficou para o cumprimento da meta estabelecida para o ROAE, considerada um objetivo agressivo e que reflete, além da diversificação de receitas, a adoção de estratégias oportunistas por parte do banco em um cenário desafiador para o setor.
“Notamos também a capacidade do BTG de manter as despesas sob controle, o que ajuda o resultado do banco em meio a receitas mais apertadas”, acrescentaram os analistas Gustavo Schroden, Brian Flores e Arnon Shirazi, que assinam a publicação.
A XP também se mostrou satisfeita com o resultado apresentado pela instituição, apesar de terem ficado “ligeiramente abaixo” das expectativas de seus analistas.
“Apesar das dinâmicas desafiadoras nos mercados de capitais, o banco entregou mais um trimestre consistente em termos de crescimento da receita, com um aumento de 19% A/A”, destacam Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam a publicação.
“O lucro lÃquido atingiu R$ 3,3 bilhões (+15% A/A e -2% vs. XPe), resultando em um ROE de 23,0%. Em relação à dinâmica dos segmentos, praticamente todas as linhas melhoraram A/A. O crédito corporativo continua crescendo fortemente (+35% A/A). O segmento de Investment Banking também teve um desempenho robusto, crescendo 34% T/T devido à contribuição do mercado de DCM (Debt Capital Markets). Sales & Trading registrou R$ 1,5 bilhão e foi a única linha com queda na comparação trimestral (-7% T/T)”.
O trio ainda destaca que o BTG segue avançando em novas linhas de negócios, o que deve contribuir para a diversificação de suas receitas e para o crescimento de sua rentabilidade.
Apesar disso, eles reiteraram recomendação “Neutra” para suas units (BPAC11), com preço-alvo de R$41,00, com potencial de ganho de 27,65% quando comparado com o seu último fechamento, a R$32,12.
Isso porque, na visão deles, o bom momento que vive o banco já está precificado pelo mercado, sendo refletido na recente valorização de seus papéis, que avançaram quase 19% em 2025.