O BTG Pactual (BPAC11) divulgou, na manhã desta quarta-feira (14), seu balanço referente ao segundo trimestre.
O banco reportou lucro líquido de R$2,949 bilhões, alta de 15% em comparação a um ano antes.
Seu retorno ajustado anualizado sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) caiu 0,2 ponto percentual no comparativo anual, para 22,5%.
Já sua receita total avançou 10% quando comparada com o mesmo trimestre de 2023, para R$5,99 bilhões.
O resultado agradou os analistas.
Para o Citi, os números apresentados foram “sólidos”, em meio a um cenário desafiador que levou a um ajuste na disposição de riscos do banco.
“Gostamos da melhoria subjacente nas principais unidades de negócios, refletida no aumento de novos recursos para as divisões de AM/WM (R$28 bilhões em cada) e na taxa de crescimento acima da média do portfólio de empréstimos do banco”, afirmaram os analistas Gabriel Gusan, José Luis Cuenca e Brian Flores, em relatório.
Com isso, o trio optou por manter recomendação de “Compra” para suas units (BPAC11), com preço-alvo de R$38,00, com potencial de ganho de 6,74% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$35,60.
O time de análises do Banco Safra partilha da mesma visão.
Para Daniel Vaz, Silvio Dória e Gabriel Pucci, analistas que assinam o relatório, os números apresentados ressaltam “seu poder de lucro e alavancagem de negócios diversificada, apesar das comparações difíceis do primeiro trimestre”.
“A fraca atividade nos mercados de ações foi compensada pelas fortes linhas de Corporate Lending e Wealth Management, com destaque para a maior contribuição do Pan para receita de Participações”, afirmam.
“O novo dinheiro líquido (NNM) estava em níveis saudáveis, crescendo +17% QoQ [no comparativo trimestral], ajustado para Órama”.
O trio ainda destaca que o opex controlado “evidencia o comprometimento do BTG em melhorar a eficiência de custos”.
Com isso, eles reiteraram recomendação “Outperform”, equivalente a “Compra”, para suas units (BPAC11), com preço-alvo de R$42,00 para os próximos 12 meses, com potencial de ganho de 17,98%.
Da mesma forma, a XP também classificou o resultado como “sólido”, apesar de “ligeiramente abaixo” do projetado por seus analistas.
“Os números do 1º trimestre foram muito fortes, o que tornou a base de comparação difícil. No entanto, linhas relevantes, como empréstimos corporativos e para PMEs, bem como gestão de patrimônio, continuaram a mostrar um crescimento robusto”, afirmam Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, analistas que assinam o relatório.
“Do lado de custos e despesas, o BTG manteve sua eficiência, levando a relação cost-to-income a permanecer abaixo das médias históricas”.
O trio acrescenta que “o trimestre sólido em meio a um cenário desafiador reforça nossa visão de que os novos geradores de receita construídos nos últimos dois anos colocam o BTG em boa posição para navegar mesmo em tempos mais adversos”.
Apesar disso, o avanço recente de suas units, os fez optar por manter recomendação “Neutra” para suas units (BPAC11), com preço-alvo de R$40,00, com potencial de ganho de 12,36%.