A Copel (CPLE6) divulgou, na noite de ontem, seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido consolidado de R$1,217 bilhão, alta de 175,9% quando comparado com um ano antes, puxado por ganhos de capital de R$470,3 milhões que resultaram de desinvestimentos dos ativos Compagas e UEGA, além de R$174,5 milhões na alienação de imóveis inservíveis da Copel GeT.
Desconsiderando os efeitos não-recorrentes, o lucro líquido ajustado da companhia caiu 32,5% no comparativo anual, pressionado pelo benefício tributário gerado no terceiro trimestre do ano passado, oriundo da maior distribuição de juros sobre capital próprio.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 10,9% em comparação a um ano antes, para R$1,239 bilhão, enquanto seu Ebitda sem ajustes cresceu 91%, para R$1,526 bilhão.
Sua margem Ebitda foi de 26,6%, alta de 12,2 pontos percentuais em comparação ao mesmo período de 2023. Em termos ajustados, porém, ela recuou 4,5 pontos percentuais, para 21,6%.
Já sua receita operacional líquida cresceu 3,5% quando comparada com um ano antes, para R$5,735 bilhões.
Para a XP, o resultado foi positivo, tendo superado “ligeiramente” a expectativa de seus analistas.
“Considerando o sólido aumento de aproximadamente 3% A/A nos volumes faturados, os resultados operacionais de sua subsidiária DisCo foram melhores do que nossas expectativas, principalmente explicados pela redução das despesas de PMSO”, afirmaram Vladimir Pinto e Bruno Vidal, que assinam a publicação.
“Em relação à Copel GeT, os resultados de geração foram afetados por níveis mais altos de curtailment, de cerca de 23% no período, conforme esperado, mas parcialmente compensados por menores custos de aquisição de energia e redução do opex, resultando em um EBITDA ligeiramente acima de nossa estimativa”.
Sendo assim, a dupla manteve recomendação de “Compra” para suas ações (CPLE6), com preço-alvo de R$13,80, com potencial de ganho de 44,20% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$9,57.
Para o Safra, o resultado também foi “ligeiramente” positivo, ajudado pela venda não-recorrente de ativos imobiliários.
“Excluindo esse efeito, os resultados foram ligeiramente melhores do que o estimado principalmente com melhores resultados do braço de geração”, afirmaram os analistas Daniel Travitzky, Carolina Carneiro e Mario Woberto.
“A empresa também conseguiu vender energia a bons preços no futuro, o que vemos como um aspecto positivo do resultado”.
Já do lado negativo, o trio destaca o aumento dos custos no segmento DisCo.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação Outperform, equivalente a “Compra”, para suas ações (CPLE6), com preço-alvo de R$12,30, com potencial de ganho de 28,53%.