A Engie Brasil (EGIE3) divulgou, na semana passada, seu balanço referente ao quarto trimestre de 2024.
A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$1,060 bilhão, alta de 29,4% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 18,1% em um ano, para R$1,934 bilhão.
Já sua receita líquida cresceu 20,7% no comparativo anual, para R$3,271 bilhões.
Para o Safra, os números foram mistos, com o resultado operacional ajustado ficando 3,5% abaixo do estimado pelos seus analistas.
Daniel Travitsky, Carolina Carneiro e Mario Woberto, que assinam a publicação, destacaram o desempenho da TAG, que “mais uma vez mostrou um resultado forte, ajudada pelos ganhos cambiais e um maior impacto dos benefícios fiscais”.
Apesar disso, eles mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações, com preço-alvo de R$44,70, com potencial de ganho de 22,20% quando comparado com o fechamento de sexta, a R$36,58.
Para a XP, o resultado foi neutro, destacando o controle das despesas financeiras e a redução dos impostos, o que fez o seu lucro líquido superar suas estimativas.
Os analistas Vladimir Pinto e Bruno Vidal, que assinam a publicação, chamam a atenção para o aumento de quase 10% do volume de energia gerada, “seguindo a entrada em operação dos complexos eólicos de Santo Agostinho e Assuruá”, além das “usinas eólicas e solares operadas pela Engie registraram 8% de efeitos de curtailment (mesmo nível da média do país), vs.14% no 3T24”.
Com isso, eles mantiveram recomendação “Neutra”, com preço-alvo de R$40,00 por ação, com potencial de ganho de 9,35%.
Já para o time de análises da Genial, o resultado foi “sólido”.
Os analistas Vitor Sousa e Ricardo Bello, que assinam a publicação, chamam a atenção para “os pesados investimentos que a Engie tem feito na expansão de seu portfólio, com cronogramas adiantados em relação ao previsto pelo regulador e com capex também abaixo do esperado”.
“Como principal destaque nesse ponto, citamos a entrada em operação do Conjunto Eólico Serra do Assuruá (Cap. Instalada de 846 MW e Cap. Assegurada de 410 MW vs 4,661 MW de capacidade instalada da empresa como um todo, para fins de comparação) antecipada para o 1º Semestre de 2025”, afirmam.
“Neste trimestre, foram realizados investimentos de R$2.1 bilhões nesse trimestre, referente a construção de seus projetos (Serrá do Assuruá, Assú do Sol e Linhas de Transmissão). Uma vez que esses projetos apresentem contratos de venda de energia à preços interessantes e por vezes maiores que o atual preço médio de venda da companhia, esse investimentos tendem a agregar valor para a empresa, ainda que no curto prazo pressionem a distribuição dos dividendos a medida que esses projetos entrem em operação”.
Apesar disso, eles também mantiveram recomendação “Neutra” para suas ações (ENGI3), com preço-alvo de R$43,00, com potencial de ganho de 17,55%.
