A Gerdau (GGBR4) divulgou, na noite de ontem (5), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido ajustado de R$1,43 bilhão, queda de 10% em comparação ao mesmo período do ano passado, porém levemente acima do estimado pelos especialistas.
Seu Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado caiu 10% no comparativo anual, para R$3,02 bilhões, com sua margem Ebitda caindo 2,2 pontos percentuais, para 17,4%.
Já sua receita líquida registrou queda de 1,8% quando comparada com o terceiro trimestre de 2023, para R$17,38 bilhões.
A companhia aproveitou para anunciar o pagamento de R$751,2 milhões em dividendos, sendo R$619,3 milhões dela (R$0,30 por ação) e R$131,9 milhões (R$0,13 por ação) de sua repartição metalúrgica (GOAU4).
A XP gostou do resultado, destacando que eles superaram as expectativas.
“Com os níveis de rentabilidade no Brasil sendo o principal destaque nos resultados de hoje, esperamos um ambiente de preços potencialmente melhor e a continuidade das iniciativas de redução de custos para impulsionar mais um desempenho sólido no 4T24E para esta divisão”, afirmam os analistas Lucas Laghi, Guilherme Nippes e Fernanda Urbano, que assinam a publicação.
“No entanto, todos os olhos permanecem voltados para as margens da América do Norte (em meio a preços mais baixos e custos pressionados), que se mostraram uma surpresa positiva nos resultados de hoje (com CPV/ton em USD estável)”.
O trio afirmou manter uma perspectiva positiva para a companhia, mantendo recomendação de “Compra” para suas ações, com preço-alvo de R$27,00, com potencial de ganho de 48,27% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$18,21.
O time de análises do Citi também considerou o resultado positivo.
Os analistas Alexander Hacking e Stefan Weskott, que assinam a publicação, destacaram o desempenho melhor das margens relacionadas ao mercado brasileiro, que atingiram seu maior patamar em dois anos puxadas por embarques mais fortes, preços melhores e custos mais baixos.
Além disso, eles chamaram a atenção para a geração de Fluxo de Caixa Livre (FCF, na sigla em inglês), que permaneceu sólida.
Da mesma maneira, os analistas da Genial Investimentos também gostaram do resultado, destacando o FCFE acima do esperado, mesmo levando em desconsideração o impacto da liberação do depósito judicial referente ao processo de exclusão do ICMS na base de cálculo do PIS e COFINS e o capex racional e sem perigo para o guidance.
“Sabemos das dificuldades implícitas ao mercado de aço no Brasil. Porém, acreditamos que existe uma melhora potencial de nível relevante de margem da ON Brasil que certamente não está precificada pelo mercado”, afirmam os analistas Igor Guedes, Luca Vello, Isabelle Casaca e Iago Souza, que assinam a publicação.
“Entendemos o ceticismo por parte dos investidores, que preferem esperar até sinalizações mais claras sobre a execução do corte de custos fazer efeito real e trazer o nível de EBITDA incremental que a companhia diz que conseguirá atingir. Todavia, avaliamos que o resultado do 3T24 já mostrou uma redução substancial no COGS/t nas operações brasileiras, o que nos indica que a possibilidade é material no atingimento dos +R$1b adicionais em 2025”.
Dessa maneira, o quarteto reiterou recomendação de “Compra” para suas ações (GGBR4), com preço-alvo de R$23,40 para os próximos 12 meses, com potencial de ganho de 28,50%.