A Hapvida (HAPV3) divulgou, na noite de ontem (12), seu balanço referente ao terceiro trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro lÃquido ajustado de R$324,5 milhões, alta de 24,3% em comparação ao mesmo perÃodo do ano passado. O resultado foi puxado por ganhos com amortização de intangÃvel.
Desconsiderando esses efeitos, a companhia teve prejuÃzo lÃquido de R$71,3 milhões, 65,5% em comparação ao resultado negativo de um ano antes.
Seu Ebitda (sigla em inglês lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado cresceu 2,8% quando comparado com o terceiro trimestre de 2023, para R$762,6 milhões, enquanto sua margem Ebitda ajustada recuou -0,4 ponto percentual, para 10,4%.
Sua receita lÃquida cresceu 6,6% no comparativo anual, para R$7,337 bilhões, puxado por reajustes contratuais e recomposição de seu ticket médio.
Para a XP, o resultado foi negativo, tendo ficado abaixo das expectativas do time de análises da instituição “especialmente devido à s provisões para contingências”.
“A receita lÃquida aumentou 6,6% A/A, graças ao aumento do ticket, uma vez que a empresa continua promovendo a otimização do portfólio de planos de saúde. A sinistralidade diminuiu 1,5 p.p. A/A, reduzindo o ritmo de melhorias, o que, de acordo com a empresa, foi devido ao clima mais severo no trimestre”, comentam os analistas Rafael Barros e Raphael Elage.
“As despesas-caixa foram impactadas pelo aumento das provisões para contingências, em função do aumento da judicialização no setor, o que impediu que a margem EBITDA acompanhasse a melhora da sinistralidade. A alavancagem ajustada ficou em 2,4x, embora tenha apresentado uma leve redução T/T”.
Apesar disso, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (HAPV3), com preço-alvo de R$6,40, com potencial de ganho de 93,35% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$3,31.
Já para os analistas da Genial Investimentos, o resultado foi misto, refletindo “o contÃnuo esforço da empresa em sua jornada de reestruturação, com foco em recuperação operacional e controle de custos”.
“O terceiro trimestre trouxe sinais mistos, onde a empresa conseguiu manter a sinistralidade em nÃveis gerenciáveis, apesar de enfrentar desafios na retenção de beneficiários e nas despesas administrativas”, afirmam os analistas Guilherme Vianna, Luis Assis e Luis Degaspari.
“A receita lÃquida apresentou um crescimento de 6,6% em relação ao mesmo perÃodo do ano anterior, impulsionada pelo reajuste do ticket médio. O desempenho da companhia continua pautado pela adaptação ao cenário de judicialização crescente e pela recomposição de preços, fatores que pressionam tanto a receita quanto os custos operacionais”.
Apesar disso, o trio analisa que a Hapvida “apresentou uma sólida geração de caixa e melhorou sua posição de alavancagem, refletindo a eficiência nas iniciativas de reestruturação”.
“O desafio, contudo, permanece em manter a trajetória de crescimento e rentabilidade à medida que a empresa ajusta suas operações para otimizar resultados futuros”, acrescentam.
Dessa maneira, eles mantiveram recomendação “Manter”, equivalente a “Neutra”, para suas ações (HAPV3), com preço-alvo de R$5,00, com potencial de ganho de 51,06%.