O IRB (Re) (IRBR3) divulgou, na noite de ontem (14), seu balanço referente ao segundo trimestre deste ano.
A companhia reportou lucro líquido de R$65,2 milhões, alta de 224,6% quando comparado com o mesmo período de 2023, além de ter superado a estimativa do consenso Bloomberg, que previam lucro de R$24 milhões.
O resultado de underwriting recuou 4,7% em um ano, para R$34 milhões, enquanto o índice de sinistralidade apresentou melhora 8,6 pontos percentuais, para 65%.
Os prêmios emitidos no período totalizaram R$1,434 bilhão, alta de 2,8% em comparação ao segundo trimestre do ano passado.
Os analistas do BTG Pactual gostaram do resultado, tendo sido considerado uma “grande surpresa positiva” por seus analistas.
Isso porque o seu lucro conseguiu se sustentar mesmo depois do impacto de R$257 milhões ocasionado pelas enchentes no Rio Grande do Sul.
“Embora as perdas ainda possam subir (o IRB tem retrocessão para se proteger), acreditamos que o segundo trimestre foi uma significativa redução de riscos para a história”, afirma o analista Eduardo Rosman, que assina o relatório.
Dessa maneira, a instituição elevou a recomendação para as ações da IRB (Re) (IRBR3) de “Neutra” para “Compra”, com preço-alvo de R$40,00, com potencial de ganho de 23,00% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$32,52.
“Nosso viés para a ação vinha melhorando nas últimas semanas diante de impactos menores que o esperado das enchentes nas seguradoras listadas, que tiveram bons desempenhos na margem, sem mencionar as expectativas de resultados financeiros mais fortes diante da potencial alta da Selic”, explicou Rosman.
Já os analistas da Genial Investimentos consideraram o resultado “mais fraco, mas esperado”.
“Apesar da queda de -17,5% t/t, o lucro representa uma forte expansão de +224,4% a/a, demonstrando uma recuperação significativa em relação aos baixos níveis de lucro do ano anterior, principalmente nas linhas de sinistros e resultado financeiro”, comentam Eduardo Nishio, Wagner Biondo, Felipe Oller e Luis Degaspari, que assinam o relatório.
“No entanto, em termos de rentabilidade, o ROE continuou fraco em apenas 6,1% (-1,3% t/t e +4,2% a/a)”.
Para o segundo semestre, porém, o quarteto espera que possam vir resultados melhores que o esperado, “desde que não haja novos impactos significativos das enchentes no Rio Grande do Sul e o índice de comissionamento melhore de fato de 30% para 20% após o encerramento, em junho, do contrato que havia prejudicado a rentabilidade de curto prazo”.
Dessa maneira, eles optaram por reiterar recomendação “Manter”, equivalente a “Neutra”, para suas ações (IRBR3), com preço-alvo de R$34,30, com potencial de ganho de 5,47%.