O Itaú (ITUB4) divulgou, na noite de ontem (5), seu balanço referente ao quarto trimestre do ano passado.
A instituição reportou lucro recorrente gerencial de R$10,884 bilhões, alta de 15,8% quando comparado com o mesmo período de 2023 e de 2% em comparação ao terceiro trimestre de 2024. O resultado foi praticamente em linha com o consenso LSEG, que estimava R$10,89 bilhões.
De acordo com o banco, seu resultado foi positivamente impactado pela expansão das margens e das receitas com serviços, além da redução do custo do crédito, que só foi possível por conta do recuo na inadimplência, com os atrasos acima de 90 dias chegando a 2,4%.
O retorno anualizado sobre patrimônio líquido (ROE) foi de 22,1%, avançando 0,9 ponto percentual em comparação a um ano antes, porém recuando 0,6 ponto percentual quando comparado com o trimestre anterior.
Sua carteira de crédito registrou crescimento de 15,5% em um ano, para R$1,359 bilhão, puxada pelo avanço nas grandes empresas (21,1%), que, por sua vez, foi impulsionada pela alta do dólar.
O banco aproveitou a ocasião para anunciar o pagamento de R$15 bilhões em proventos, sendo R$1,25093 por ação em dividendos e R$0,33344, em juros sobre capital próprio e com o montante sendo pago dia 17 deste mês, além de um programa de recompra de .
Além disso, ele também divulgou seu guidance para este ano, projetando uma expansão de 4,5% a 8,5% da carteira de crédito total, configurando um resultado entre 7 pontos percentuais e 11 pontos percentuais inferior frente ao crescimento do ano passado, enquanto seu custo de crédito é estimado entre R$34,5 bilhões e R$38,5 bilhões, acima dos R$34,5 bilhões de 2024.
Para a XP, o resultado foi sólido, com o Itaú apresentando “resultados sólidos no quarto trimestre” do ano passado, com um balanço confortável em 2024.
Com relação ao seu guidance, os analistas Bernardo Guttman, Matheus Guimarães e Rafael Nobre, que assinam a publicação, comentam que “esse nível de conservadorismo é bem-vindo, dado o ambiente macroeconômico incerto, e destaca as capacidades de gestão de risco do banco”.
Sendo assim, eles mantiveram recomendação de “Compra” para suas ações (ITUB4), com preço-alvo de R$43,00, com potencial de ganho de 26,06% quando comparado com o fechamento de ontem, a R$34,11.
A Genial partilha da mesma visão, classificando o resultado da instituição como “consistente e sólido”.
Para 2025, os analistas Eduardo Nishio, Henrique Alhante, Luis Degaspari e Luis Assis, que assinam a publicação, acreditam que o banco está bem-posicionado, consolidando-se como o banco mais preparado, rentável e capitalizado do setor.
Sendo assim, o quarteto reiterou recomendação de “Compra” para suas ações (ITUB4) e o posto de Top Pick do setor, com preço-alvo de R$40,00, com potencial de ganho de 17,27%.